Município ouviu opinião de brigantinos sobre como deve ser construído o pavilhão multiusos

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Ter, 08/04/2025 - 17:42


O município de Bragança reuniu com várias entidades, associações e empresários para ouvir opiniões sobre como deve ser construído um pavilhão multiusos na cidade

Há anos que esta infraestrutura é reclamada. Quando o atual presidente da câmara tomou posse no ano passado, em entrevista à rádio Brigantia, adiantou que esta era uma das suas intenções. Agora a autarquia prepara-se para realizar o projeto. Mas primeiro quis saber o que pensam os brigantinos, sobre como e onde deve ser feito.

Paulo Xavier garante que o pavilhão é necessário, mas é preciso ter em consideração as necessidades futuras. “Não podemos receber um congresso, porque não temos espaço. Feiras e certames podem ser feitos a uma escala muito grande e isso é captar e promover o nosso concelho. Acho que é um equipamento altamente necessário para Bragança”, afirmou, vincando que o pavilhão não deve responder apenas às necessidades atuais, mas também do futuro.

Ana Costa, além de fazer parte da Associação de Pessoas com Deficiência, Pais e Amigos, tem também um filho com paralisia cerebral. Quis estar presente na discussão e alertou para a importância de o edifício ter acessibilidade. “Existem muitos edifícios públicos que não têm as acessibilidades necessárias e vim por causa disso, porque vim para que o multiusos tenha as acessibilidades e que também seja um edifício que as associações possam usufruir, que tenha salas adaptadas, por exemplo terem acústica para crianças com autismo”, defendeu.

Além da cultura, o pavilhão também estará vocacionado para o desporto. Adélia Melgo, presidente do Ginásio Clube de Bragança, defende que a infraestrutura deve responder às necessidades desportivas, para eventos “grandes”, como o “Nacional de Pisca Coberta”.

Os materiais utilizados na construção também foi um dos temas abordados. Isabel Abreu, docente no IPB, alertou para a sustentabilidade e eficiência energética. Especialista nesta área, explicou que podem ser usados materiais naturais da região. “Com soluções de design passivo, que é deixar o edifício fluir com a natureza, com o ambiente, e só depois vem a parte mecânica”, disse.

O município reuniu as diversas opiniões, que vão ser agora estudadas pelos técnicos da câmara. Depois será elaborado o projeto, que só deverá estar concluído dentro de um ano. Quanto ao investimento, sabe-se que vai custar vários milhões de euros. O local ainda não foi escolhido, embora estejam em cima da mesa duas opções, que Paulo Xavier não quis ainda adiantar.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais