Qui, 24/01/2013 - 09:24
Vítor Correia salienta que grande parte desse investimento vai ser canalizado para a construção de um mineroduto, que é a solução que a MTI considera ser a melhor para transportar o ferro.“Se a infra-estrutura de transporte viabilizada for a do mineroduto teremos aí cerca de um terço do investimento, que é uma fatia muito grande. Se não for, o investimento terá de ser de outra ordem”, refere o responsável, acrescentando que as alternativas “que se equacionam são o transporte por via ferroviária ou pelo rio Douro” mas “a nossa solução preferida é a do mineroduto”.Mas para já e durante os próximos quatro anos a empresa vai desenvolver estudos técnicos, estudos de pré-viabilidade e ainda o estudo de impacte ambiental.Esta primeira fase do projecto, representa um investimento de 12 milhões de euros e que será feito com capitais próprios da MTI, sem necessidade de recurso a financiamento.A exploração de ferro em Torre de Moncorvo vai criar centenas de postos de trabalho, mas o presidente da MTI garante que se o estudo de impacte ambiental não for favorável o projecto não avança.“Há uma decisão determinante que é a obtenção de uma declaração de impacte ambiental favorável e nós temos consciência que o Ministério de Ambiente tem uma palavra muito importante a dizer sobre este projecto que nos pode obrigar a fazer ajustes no modo de exploração ou de transportes, mas creio que será sempre rentável”, afirma Vítor Correia.0,5% do valor da produção vendida pela MTI vai reverter a favor do desenvolvimento local.Trata-se de um valor cinco vezes superior ao que tinha sido negociado entre o Governo e a empresa anglo-australiana Rio Tinto, que esteve interessada na exploração mas acabou por desistir.Mas o presidente da câmara de Torre de Moncorvo quer também que a sede social da empresa seja estabelecida no concelho.“O concelho pode ter um rendimento de muitas centenas de milhares de euros, que durante as dezenas de anos que durar a exploração devem servir para o concelho ter sustentabilidade pois vai ficar sem o seu principal recurso de subsolo”, refere Aires Ferreira, salientando que “do nosso ponto de vista a sede social é importante por causa do pagamento dos impostos”.A MTI tem quatro anos para desenvolver a fase de exploração experimental, caso contrário perde os direitos de exploração e a caução de 1,2 milhões exigida pela Estado
No entanto, a intenção da empresa é encurtar este prazo para iniciar o quanto antes a exploração de ferro num dos maiores jazigos da Europa.
Escrito por Brigantia