Seg, 03/11/2025 - 10:31
Nuno Moreno, número dois da lista socialista de Isabel Ferreira, à câmara de Bragança, que tomou posse como independente, na sexta-feira, já esclareceu que tomou esta decisão porque “houve uma grave e irreparável quebra de confiança, lealdade e lisura política, e, sobretudo, pessoal, com a nova liderança do Executivo Municipal, leia-se, Prof. Isabel Ferreira, que tornou insustentável qualquer relação de trabalho e política sob orientações diretas da mesma”.
Referiu ainda que a sua opção decorre de uma “profunda falta de identificação com o perfil e estilo de liderança”, e o “modo de relacionamento pessoal e comportamental” da nova presidente.
“Criação de Vazio de Confiança: Fui colocado, progressivamente, numa posição de não-informado e não-participante nas decisões diárias e nas cruciais.
Marginalização como Arma: O isolamento visou fragilizar-me, pessoal e politicamente, para justificar a minha exclusão da equipa e da liderança.
Falsa Narrativa: O mais grave foi a disseminação de um falso pretexto — de falta de empenho e trabalho — que visou minar a minha reputação pública e silenciar o meu trabalho de fiscalização”, lê-se ainda no comunicado de Nuno Moreno, onde relata os acontecimentos que o levaram a tal decisão.
Por fim, quanto à tomada de posição da concelhia, que assinalou que a atitude representou uma “clara rutura com o compromisso coletivo e com o projeto político que os brigantinos escolheram de forma livre e democrática nas últimas eleições autárquicas”, Nuno Moreno destacou que é uma reação política esperada, mas que “falha em abordar a raiz do problema”, que é a quebra de confiança entre este e a autarca. Diz ainda que o argumento de que a sua atitude "compromete a confiança" é uma “incoerência insustentável e uma tentativa de inverter a culpa”.
Escrito por Brigantia




