Feira das Cantarinhas regressa no primeiro fim-de-semana de Maio com perto de 500 expositores

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Ter, 16/04/2024 - 08:52


De 3 a 5 de Maio, Bragança volta a receber a Feira das Cantarinhas. Dois dias antes, na Praça Camões, abre portas a trigésima sexta edição da Feira do Artesanato

São 472 expositores que vão compor, este ano, os certames. A presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança, Maria João Rodrigues, assume que não é mais possível acolher mais expositores. “A cidade é sempre a mesma. Não podemos, por isso, estender muito mais. Todos os anos temos de dizer não a muitos feirantes”.

Feiras estas que são muito importantes para o concelho. “Há sempre uma grande importância económica, basta dizer que milhares de pessoas vêm à cidade. A hotelaria e a restauração ganham sempre. Promove-se o turismo. Um dia mais tarde as pessoas regressam à cidade”.

As feiras são organizadas pela associação comercial e pela câmara. O presidente, Paulo Xavier, lembra que além da venda de cantarinhas, de artesanato e de vários outros produtos, há muita animação associada, nomeadamente a 3.ª Edição da Prova de Trial 4x4 - Heat of the Mountain, organizada pela Associação TT Sem Limites, de 26 a 28 de Abril, o passeio de veículos clássicos - “Cantarinhas sobre Rodas”, organizado pelo Nordeste Automóvel Clube, dia 5 de Maio, dia em que se dá também o arranque do Campeonato de Chegas de Touros. Depois, dia 12 do próximo mês, acontece a III Meia Maratona das Cantarinhas.

Diz-se que a Feira das Cantarinhas é já da época medieval, sendo que acontecia em estreita relação com o ciclo agrícola, quando os trabalhadores começavam as suas idas para os campos. A cantarinha, originária da aldeia de Pinela, serviria para levar a água aos trabalhadores. Hoje em dia já só duas mulheres fazem as originais. Era preciso sensibilizar os mais jovens para aprender. “Antigamente havia as escolas-oficina. Algumas deram resultado positivo. Mas isso tem que ser com gente jovem. Em tempos, a junta de freguesia já fez esse trabalho, com escolas-oficina, em que se aprendeu a arte, mas isto não tem, possivelmente, rentabilidade todo o ano. Aqueles que o fazem todo o ano têm que percorrer o país, para vender o produto, e há gente que não está interessada”.

A concretização das feiras requer um investimento de 26 mil euros. A câmara e a associação comercial contam com o apoio da PSP, da União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo e do Instituto do Emprego e Formação Profissional de Bragança.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves