Qua, 04/06/2008 - 08:17
A oficialização do recorde mundial deixou satisfeita a presidente da junta. Paula Lopes considera que se trata de uma valorização importante para os artesãos que ainda mantêm actividade e para os incentivar a manter esta arte. “Era o que nós esperávamos, ver reconhecido o trabalho dos dois artesãos” afirma a autarca. “O certificado apareceu e foi uma forma de valorizarmos quem se dedica à arte que anda é uma forma de subsistência” acrescenta. Paula Lopes salienta que esta é também “uma forma de os incentivar a continuar a trabalhar senão desaparece”. Agora, a junta de freguesia e câmara municipal pretendem construir um museu de artes e ofícios, onde ficará patente a maior sela do mundo, bem como alguns ateliers para artesãos. Paula Lopes espera que a obra esteja pronta no próximo ano. “Foi feita uma candidatura com o nome de Museu das Artes e Ofícios com um atelier para cada um dos artesãos onde vão produzir e valorizar essa arte” afirma. Neste museu vai haver um “sítio específico para colocar a albarda em exposição e o certificado”. A maior sela do mundo mora em Torre Dona Chama. Foi o resultado de um trabalho moroso de dois artesãos locais. Carlos Almeida, que trabalha diariamente nesta arte, há 35 anos, e Manuel Nogueira que apesar de ser carteiro, sempre trabalhou como artesão. Foram precisas 100 horas de trabalho, durante várias noites, para que ficasse pronta a tempo a sela. Uma albarda normal demora um dia a fazer, tem 68 centímetros de cumprimento e custa cerca de 75 euros. Enquanto esta sela tem dois metros e noventa e dois de comprimento, pesa 230 quilos e caso fosse para venda, os artesãos não a cediam por menos de dois mil euros.