Qua, 01/09/2010 - 09:18
“Se houvesse alguma chuva era um bom ano de produção, porque é agora que está a terminar a fase da formação do óleo e se não houver chuva vamos ter um ano mau quando podia ser excelente” afirma António Branco.
Para este responsável, o ideal seria equipar o olival com o sistema de rega.
Mas também aqui se deparam “com a falta de sorte” em termos de condições climáticas desfavoráveis dos últimos anos.
A produção tem estagnado, não permitindo aos produtores lucros para investir no regadio.
“Neste momento já podíamos estar nas 120 toneladas de produção e não chegamos, andamos sempre por volta das 80/90. O grande objectivo era ultrapassar as 100 e depois progredir um pouco em função dessas estratégias de regadio” afirma. Só que nos últimos anos, “ou com a seca, ou com chuva a mais, ou com as geadas, a produção não tem conseguido melhorar”.
Mas apesar destas adversidades, a qualidade do azeite tem sido excelente.
Prova disso são os constantes prémios que o Azeite de Trás-os-Montes DOP tem conseguido arrecadar.
Recentemente, no OLIVINUS 2010 realizado na Argentina, o Azeite “João das Barbas” foi premiado.
“Sempre que entramos em alguns certames internacionais nós temos a capacidade de obter prémios e isso significa que estamos num patamar muito bom e já vamos tendo produtores bastante estáveis em termos de qualidade” refere António Branco. “Agora era importante que isso se reflectisse no preço e na venda para os mercados internacionais” acrescenta.
A AOTAD vai ter a oportunidade de dar a conhecer estes e outros problemas bem como projectos para a fileira olivícola, ao ministro da agricultura que estará em Mirandela no próximo dia 7 de Setembro.
Escrito por CIR