“Divulgar o Fun Zone foi um erro”

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Sex, 06/06/2008 - 08:23


O empresário luso-britânico que prometia investir 250 milhões de euros no concelho de Alfândega da Fé queixa-se de "falta de cooperação de várias entidades oficiais e nada ter beneficiado com o estatuto PIN", que acabou de perder. 

Numa entrevista à Lusa, Chaby Rodrigues classifica de "irritante" a decisão da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) de arquivar o processo PIN (Projecto de Interesse Nacional) relativo ao FunZone Villages- Douro. Um arquivamento que segundo aquela entidade não se deveu ao mérito do projecto, mas ao facto de não se registarem progressos e de a comissão de acompanhamento nada ter para acompanhar. O promotor Chaby Rodrigues critica a justificação "de arquivamento devido à falta de progressos, quando desde Fevereiro de 2007 o contributo do estatuto PIN foi nulo quer para o início ou para a conclusão do projecto". Recordo que há mais de um ano que o projecto do empreendimento turístico está parado, segundo o promotor, por causa de um parecer desfavorável do Instituto da Água, que ainda não foi ultrapassado. O projecto necessita de 2,6 milhões de metros cúbicos de água por ano, que estava previsto serem assegurados por uma barragem particular, a qual conta com oposição, alegadamente por pôr em causa o regadio agrícola nesta zona do Nordeste Transmontano. O empresário diz que "sem água não há projecto, e sem um parecer favorável não é possível concluir os estudos prévios". Chaby Rodrigues considera ter cometido "um erro ao divulgar o projecto, há dois anos, sem ter todas as garantias, por parte das diferentes entidades de que havia condições para avançar". Em nenhuma parte da entrevista mostra intenções de desistir e manifesta mesmo "confiança de que será possível ultrapassar estas dificuldades e avançar com o FunZone". O empreendimento de 250 milhões de euros, que prometia criar, em Alfândega da Fé, 1300 postos de trabalho, está desde a sua apresentação, há quase dois anos, envolto em "desconfianças" e "cepticismo".