Qui, 05/06/2008 - 08:14
Era uma “bike” normalíssima, em alumínio e com mudanças. Mas equipou-a com buzina, conta-quilómetros, duas campainhas, espelho retrovisor, luzes à frente e atrás, reflectores e aros reforçados. Para fazer transportes adaptou-lhe duas caixas de plástico: umas mais alta à frente e outra mais baixa e larga atrás. “Para a minha vida profissional dá muito jeito para transportar pequenos pacotes”. André Lages revela que até no Porto usa a bicicleta. “Vou lá duas ou três vezes por mês, vou de autocarro e lá o meu meio de deslocação é a bicicleta para comprar isto aqui e aquilo além” refere.E não se pense que a bicicleta leva pouca mercadoria. André Lages gosta de a carregar bem, sobretudo quando vai às compras ao Porto. “Uma vez trazia mais de 50 quilos em cada cesto e ainda tive de pôr sacos pretos grandes nos manípulos para poder trazer a mercadoria toda” conta. Houve até quem o abordasse a perguntar “se era alguma promessa a Nossa Senhora de Fátima”.Numa destas deslocações ao Porto, a coisa não correu bem e acabaram por lhe roubar a velha bicicleta. “A culpa foi minha que me descuidei”, confessa. “Eu costumo fechar a bicicleta com o cadeado” mas como pensou que se ía despachar rápido não o fez. No entanto, “acabei por demorar mais tempo do que aquilo que eu pensava e quando vim para fora já lá não estava”, refere. Em tom irónico diz que “não ma roubaram, fui eu que a deixei lá ficar”.A solução foi comprar uma nova e continuar a preferir a bicicleta ao carro. E da maneira que os combustíveis estão caros, dificilmente André Lages mudará de ideias.