União dos sindicatos de Bragança aponta que há falta de serviços públicos e que os salários não acompanham aumentos

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Seg, 04/11/2024 - 08:13


13º Plenário da União dos Sindicatos de Bragança contou com a presença do secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, que criticou a desvalorização dos trabalhadores e os baixos salários

O salário mínimo está a “engolir” a restante tabela salarial e há cada vez menos serviços públicos na região. Estes foram dois dos problemas apontados pela União dos Sindicatos de Bragança, no 13º Plenário. Segundo o coordenador, Eduardo Alves, os correios são dos piores serviços públicos que existem na região.

“Não está fácil aqui na nossa cidade porque encerram serviços e continuam-se a encerrar serviços cada vez mais, como os correios. É a falta de carteiros e os giros cada vez são maiores e mais longos. E os serviços estão para a hora da morte. Como vemos, não há responsabilidades, não há entregas de cartas a tempo. São consultas, ficam para trás”, afirmou.

Quanto aos salários, a União dos Sindicatos de Bragança queixa-se que a tabela salarial não está acompanhar o aumento do salário mínimo.

“O salário mínimo tem vindo a engolir tudo de baixo para cima e temos que viver com estes míseros. É triste não combatermos isto. Há uns anos eu vim para os Correios trabalhar, saí de um trabalho para ganhar o dobro. Hoje ganho o ordenado mínimo e trabalho há 27 anos nos Correios. Não há atualização”, vincou.

O 13º Plenário da União dos Sindicatos de Bragança aconteceu, na passada quinta-feira, em Bragança. Contou com a presença do secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, que criticou a desvalorização dos trabalhadores e os baixos salários. A Faurecia, uma das maiores empresas da região, tem sido um exemplo de descontentamento dos funcionários, com a realização de greves.

“O peso médio dos salários nas empresas, a nível nacional, é de 14%. Portanto, quando nós falamos em valorizar salários os patrões metem todos a mão à cabeça. Não é a valorização dos salários que dificulta, precisamos é de uma política diferente. Precisamos que se olhe para os trabalhadores como parte central para a dinamização do país e para que nada falte nas nossas vidas e que não olhemos para aqueles poucos que levam muitos milhões”, rematou.

No plenário foi ainda eleita a direcção da União dos Sindicatos de Bragança. Foi a única lista a sufrágio.

Escrito por Brigantia 

 

Jornalista: 
Ângela País