Qui, 31/10/2024 - 09:02
Depois de dois anos “desastrosos” para o sector, com grandes quebras de produção, provocadas pela seca, parece que esta campanha veio trazer esperanças aos agricultores. De acordo com Francisco Pavão, presidente da Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro, prevê-se um aumento de 20%.
“Os anos anteriores foram altamente desastrosos, mas entendemos que, este ano, temos condições reunidas para que seja um bom ano de produção. Nós passamos por dois anos muito complicados do ponto de vista de seca e as plantas, as de sequeira, demoram imenso tempo para recuperarem. Portanto, esperamos que o próximo ano seja um melhor ano de produção”, disse.
O aumento e quebras de produção provocam uma instabilidade nos preços do azeite, que estão a preocupar a APPITAD. “Esta instabilidade de preços para nós é sempre preocupante, enquanto produtores, mas depois também para os consumidores. Portanto, precisamos de ter aqui mais estabilidade para que seja possível nós planearmos melhor e estudarmos melhor as nossas explorações”, frisou.
Outra das preocupações são os seguros de colheita. Francisco Pavão lamenta que não estejam ajustados, uma vez que não cobrem as quebras na fase da floração.
“Só entra em vigor, na nossa região, em Julho, e vai até Janeiro. Mas o período de floração, Maio, não está coberto pelo seguro. A Oliveira é das poucas culturas que não tem o período de floração coberto por um sistema de seguros, como tem a amendoeira, como tem a vinha. Portanto, precisamos de ter um sistema de seguros eficaz”, rematou
Segundo o INE, Instituto Nacional de Estatística, 2023 foi a segunda campanha mais produtiva de azeitona de sempre. No entanto, o mesmo não se verificou na região, tendo sido um ano “médio/baixo” de produção de azeitona, segundo a APPITAD.
Escrito por Brigantia