Moraes Machado pede ajuda a Sócrates para resolver impasse do centro de diálise

PUB.

Ter, 01/07/2008 - 08:29


O presidente da câmara de Mogadouro pediu ao primeiro-ministro para interceder no impasse em que se encontra a abertura de um centro de diálise na vila. A unidade que está pronta a funcionar há mais de meio ano, ainda não pode receber utentes por dificuldades processuais com a ARS Norte.  

Por isso, Moraes Machado aproveitou a passagem de José Sócrates pelo concelho para chamar a atenção para este problema. “Temos uma unidade de diálise renal que está à espera de licenciamento e não se desencrava isso e é uma unidade que faz falta porque há mais de 50 hemodialisados em Mogadouro e nos concelhos limítrofes”, afirma o autarca.

 

O primeiro-ministro respondeu que não conhece “o que está por trás das questões de licenciamento da unidade de cuidados de diálise, mas veremos isso e certamente que o secretario de estado da saúde vos dará uma resposta”.

 

José Sócrates que foi a Mogadouro para assinar o contrato de comparticipação financeira para a construção da creche da Santa Casa de Misericórdia e para inaugurar a Unidade de Cuidados continuados, acabou por ouvir ainda recados sobre a exploração das energias renováveis naquele concelho.

 O primeiro-ministro que tinha acabado de assinar o contrato de adjudicação do aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor em que defendeu a importância de aproveitar os recursos naturais, ouviu Moraes Machado a reivindicar apoios para desenvolver o potencial eólico de Mogadouro. “Não lhe venho pedir que altere a lei das finanças locais” afirma o edil “mas temos uma coisa que se chama ‘potencialidades’” e que segundo ele já estão estudadas sobretudo por causa na energia eólica “mas precisamos cá das torres que nos dão cerca de 2500 euros de rendimento mensal”. 

José Sócrates respondeu que o desenvolvimento da região já está em marcha com a construção de vias rodoviárias. “O que pede não é nada do outro mundo” afirma o chefe de governo. “Se há decisão importante que tomamos para Mogadouro e para todo o distrito de Bragança foi termos decidido construir a auto-estrada entre Vila Real e Bragança e o IC5 que vai servir o interior”.

 

A cerimónia foi seguida de longe pelos membros da Plataforma Sabor Livre, que não foram autorizados a aproximar-se pelas forças de segurança.

Assim, as duas dezenas de ambientalistas permaneceram silenciosos à porta da unidade de cuidados continuados que acabava de ser inaugurada.

O objectivo de contactar com José Sócrates não se concretizou, mas chegaram à fala com o governador civil de Bragança, a quem entregaram um documento reivindicativo.