Qui, 12/06/2008 - 08:50
“Foi em Bragança que o general Sepúlveda foi designado pelo povo como chefe militar da revolta contra as tropas invasoras francesas, foi a partir daqui que surgiu o primeiro movimento vitorioso que alastrou ao país”, recorda o autarca. “Com o início da rebelião em Trás-os-Montes o país viu-se livre do jugo das tropas napoleónicas”, acrescenta Jorge Nunes.
Ontem, às 17 horas, 200 anos depois, o momento foi lembrado junto à Igreja de São Vicente onde no exterior, um painel de azulejos conta o início da história da libertação do país. “Foi aqui, no dia 11, que o abade de Carrazedo juntamente com amigos e militares se dirigiu ao general Sepúlveda que saía da igreja de S.Vicente e lhe pediram para liderar o movimento de revolta”, esclarece o autarca referindo que “Sepúlveda era um general experiente". “Conseguiu fazer o apelo ao povo e aos militares para reorganizar os exércitos e fê-lo de forma eficaz, começando a enviar tropas para outros pontos do pais”, assinala Jorge Nunes salientando que “a partir daí o país ganhou com o apoio dos ingleses a expulsão do exército invasor.”
Matos Coelho, general do exército que ontem esteve presente nas comemorações em Bragança, salienta que assinalar esta data 200 anos depois é importante para fazer perpetuar a história nacional. “Nós devemos saber a nossa história para saber conviver com o presente e tentarmos projectarmo-nos no futuro”, realça Matos Coelho. “É um facto que aqui, em Bragança, pela mão do general Sepúlveda, o levantamento popular no norte se consolidou”, afirma o general acrescentando que “a partir do movimento do norte fez-se as ligações ao centro do país”. “O batalhão académico formou-se em Coimbra e permitiu que estrategicamente se libertasse a costa junto à Figueira da Foz para que os ingleses nos pudessem socorrer”, conclui Matos Coelho.
A importância da cidade de Bragança na libertação do país pelas tropas napoleónicas a ser lembrada ontem.