IPB vai receber reforço do Governo mesmo não reduzindo valor das propinas

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Ter, 03/12/2019 - 10:35


O Instituto Politécnico de Bragança vai receber o reforço atribuído pelo Governo às instituições de ensino superior, ainda que não tenha reduzido o valor das propinas

Este reforço já tinha sido reivindicado pelo presidente do IPB, Orlando Rodrigues, visto que o politécnico já praticava o valor mais baixo de propina estabelecido. Assim, o IPB vai receber mais 700 mil euros, neste ano lectivo. “No nosso caso houve um aumento no orçamento, face ao ano anterior, na ordem dos setecentos mil euros, ou seja, compensou os aumentos obrigatórios que tivemos no encargos remuneratórios, por virtude das alterações legislativas e também o diferencial equivalente à diminuição das propinas”.

O contrato de legislatura, assinado na sexta-feira, consiste na atribuição igualitária da compensação do governo a todos os estabelecimentos de ensino superior. “Neste contrato de coesão todas as instituições de ensino superior acabaram por assinar com o Governo. Foi atribuído um reforço a todas as instituições de igual forma, no nosso caso acabamos por ter um aumento semelhante às outras que tiveram redução de propina”.

Com o Contrato de Confiança de Legislatura, as universidades e politécnicos beneficiam de um aumento de 5% no seu orçamento. Deste modo, este ano, o IPB vai receber 19 milhões de euros. No entanto, Isabel Lopes, deputada do PSD pelo distrito de Bragança, mostrou-se preocupada com esta questão e afirma que o politécnico continua a ser prejudicado em relação ao valor das propinas. “Este esforço foi feito com pelas outras universidades que vão ter esse apoio das propinas e a nossa questão é em relação ao valor das propinas e da injustiça que está a ter o IPB em relação a outras instituições do país no valor das propinas. Neste momento, o diferencial entre o mínimo e o máximo é muito pouco. Imagine-se o Porto em que eram mil euros de propinas e agora vai passar a oitocentos. O Governo vai-lhe dar essa diferença a vida toda, penso eu. Em relação ao IPB, que sempre teve o valor mínimo das propinas, não vai ser compensado em nada”.

Na semana passada, a deputada questionou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a propósito das medidas de compensação do Governo pelo impacto causado pela diminuição do valor máximo das propinas. Isabel Lopes vai reunir, ainda hoje, com Manuel Heitor na Comissão da Educação e colocará, novamente, o assunto em cima da mesa, novamente.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais