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EDP garante alternativa á linha do Tua

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Qua, 21/05/2008 - 08:25


Parte da linha ferroviária do Tua vai ficar debaixo de água, quer a barragem prevista para aquele rio seja construída à cota máxima ou à mínima. A garantia foi dada pela EDP, vencedora do concurso, no final da reunião de ontem, em Murça, que juntou à mesma mesa responsáveis daquela empresa, os autarcas dos cinco municípios abrangidos pelo empreendimento, e a Estrutura de Missão do Douro.

A empresa assume, no entanto, que terá de encontrar uma alternativa de mobilidade para as pessoas que ficarem privadas de viajar no troço submerso.

“Qualquer que seja a cota há sempre impactos na linha mas isso não quer dizer que a linha desapareça” afirma António Castro, da EDP-Produção salientando que “têm de se arranjar alternativas para a parte da linha que tem de ser desactivada”.

Este responsável garantiu ainda que a cota da albufeira ainda não está definida, o que deverá acontecer em sede de análise do Estudo de Impacte Ambiental, que já deu entrada, na passada sexta-feira, no Instituto da Água.

Este responsável frisou que a EDP irá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para conseguir construir a barragem, sem prejudicar os municípios.

“A barragem do Tua é muito importante para nós e é bom que este projecto resulte num bem para todos” refere António Castro “para os clientes, para os municípios e para as pessoas da região porque pode ser um motor de desenvolvimento”.

Os autarcas dos cinco municípios abrangidos pela futura barragem (Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Mirandela) emitiram um comunicado no final da reunião de ontem, onde se destaca uma mudança do comportamento da EDP na participação no processo. “Este tipo de conversações e discussões são positivas para que o empreendimento a ser construído tenha vantagens para as gentes do vale do Tua” realçou o anfitrião, João Teixeira sublinhando ainda que já está a ser elaborado o estudo, encomendado pelos cinco municípios do Tua, para apurar o modelo de desenvolvimento possível para o vale, quer se faça ou não uma barragem junto à foz.

Este estudo vai dar a conhecer a real situação económica, social, ambiental e cultural da região abrangida.