Qua, 11/06/2008 - 09:20
Cereja, feno e cereais já têm prejuízos confirmados. Nas outras culturas é necessário intensificar os tratamentos contra doenças, mas também deverá haver prejuízos.É o caso da vinha, onde o míldio é a principal preocupação; muitas plantações de batata perderam-se por causa da água em excesso; o melão e as hortícolas também deverão registar quebras e menor qualidade. Mário Pereira, presidente da Federação de Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro (FATA), diz que a cultura da maçã também vai ter problemas este ano. “O vice-presidente de Armamar queixou-se que os agricultores, neste momento, estão com prejuízos que já não cobrem os tratamentos da queda de pedra”, garante Mário Pereira, assinalando que “as maçãs estão mesmo danificadas, eles já gastaram mais do que vão receber”. “A humidade em excesso fez com que os medicamentos não surtissem efeito e eles já gastaram mais dinheiro do que vão ganhar com a maçã”, esclarece o presidente da FATA. As searas têm bom aspecto mas não têm grão, queixa-se, também, o dirigente da FATA. “Os cereais não são marinheiros não precisam de tanta água e apanhou-os numa fase de floração que veio prejudicar a parte do grão”, explica Mário Pereira adiantando que “palha temos, mas a parte do grão não vai ser nada de especial”. Segundo Mário Pereira, a pecuária também vai sofrer as consequências dos humores da meteorologia, prevendo que haverá escassez de feno. “Os lameiros estavam com pouca humidade depois, gearam, e não vamos ter feno para recolher para o Inverno, vamos ter um ano que se avizinha muito mau”, lamenta Mário Pereira explicando que “os animais precisam do feno, era a alimentação que contávamos para o Inverno, isto vai ser muito mau”.
Resta salientar que o olival não vai ter melhores dias. Uma geada em Novembro do ano passado secou oliveiras a eito em toda a região, milhares delas. Estas oliveiras estão a sofrer podas radicais e a não voltarão a produzir antes de 3 a 5 anos.