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Caçadores querem mudar lei das armas

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Ter, 20/05/2008 - 08:25


A Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética vai entregar uma petição na Assembleia da República pedindo a alteração da lei das armas e munições.A Federação considera que a lei, que entrou em vigor em 2006, tem aspectos lesivos para o sector da caça por causa de alegadas restrições colocadas aos caçadores na renovação e obtenção da licença de uso e porte de arma.

Para o presidente da Federação, estas restrições podem pôr em causa o sector da região uma vez que podem levar ao abandono da actividade por parte de alguns caçadores, sobretudo os mais velhos, como é o caso da “obrigatoriedade de se submeterem a formação e a um exame para que lhe seja renovada a licença de uso e porte de arma”. Raul Fernandes considera que esta situação “tem um efeito extremamente negativo porque desmotiva os mais novos enquanto ao mais idosos não estão dispostos a submeter-se a estas regras e acabam por abandonar”.Este responsável acrescenta que a lei não atingiu os objectivos para os quais foi criada, a redução da criminalidade, e por isso os prejudicados são os caçadores. “Constatou-se que a criminalidade não é exercida com as armas dos caçadores e que ela tem vindo a aumentar e por isso parece-nos que a lei foi um tiro no pé que atingiu o alvo errado” afirma.Por tudo isto, os caçadores decidiram organizar uma petição dirigida à Assembleia da República na tentativa de introduzir alterações à lei. “A lei tem dois anos e não haverá vontade de mexer nela mas é sempre possível resolver alguns problemas com despachos interpretativos ou outro procedimento administrativo que minimize esses efeitos negativos” refere Raul Fernandes.

Esta federação representa cerca de 20 mil caçadores na 1ª região cinegética, que engloba toda a região norte do país.