Sex, 16/11/2018 - 09:48
Os animais foram encontrados já mortos, no final de Julho, no ninho e agora foram conhecidas as análises laboratoriais aos animais, como explica Joaquim Teodósio, coordenador do projeto "Life Rupis": “os abrutes morreram envenenados e confirmamos a informação com as análises laboratoriais, que os britangos morreram com o veneno, carbofurano. A colocação do veneno terá sido intencional, porque é ilegal. Quem o colocou não terá sido por uma situação ocasional. Poderá não ter sido com o objectivo de matar os animais. Mas poderá ter sido para matar outras espécies, como animais assilvestrados, mas depois os iscos foram encontrados pelos abrutes que ingeriram e morreram já no ninho”.
O carbofurano é um veneno ilegal e a sua venda está proibida: “estes venenos já não são usados, e a sua venda é proibida. São venenos que antigamente se usavam para controlo de pragas. Estamos também a acompanhar casos com o uso de estricnina, que também é um veneno também proibido há anos. Continua a haver pessoas que têm estes venenos ilegais guardados e armazenados e que ainda são utilizados com fins claramente ilegais, ao contrário de situações que temos que são o uso negligente como raticidas, pesticidas e ervecidas que são mal aplicados e acabam por causar morte de animais domésticos como cães e ovelhas, ou em animais selvagens. Neste caso, são venenos ilegais que ainda estão a ser usados em algumas situações”, acrescentou Joaquim Teodósio.
No âmbito do projecto Life Rupis foram criadas duas brigadas cinotécnicas, neste trabalho de conservação transfronteiriço, com a duração de quatro anos, co-financiado através do programa LIFE da Comissão Europeia.
Escrito por Brigantia
Foto: ICNF/SPEA