Autarquia quer chegar aos 30 dias de prazo de pagamento

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Ter, 10/05/2011 - 09:26


A câmara de Alfândega da Fé quer reduzir ainda mais o prazo de pagamento aos fornecedores.Em 2009, era o município do país que demorava mais tempo a pagar, cerca de 900 dias.Agora, e segundo dados divulgados recentemente pela Direcção-Geral das Autarquias Locais, Alfândega da Fé aparece no lugar 177 do ranking nacional com um prazo médio de 89 dias, sendo o município onde é mais acentuada a diminuição do prazo de pagamento. 

A presidente da câmara adianta que neste momento o prazo até já é mais reduzido.“Ao fazer o saneamento financeiro conseguimos vir para um prazo médio de pagamento abaixo dos 90 dias, nesta lista da DGAL, mas já temos os valores de Março que são 64 Dias” adianta Berta Nunes, salientando que “temos vindo a descer e estamos a fazer um esforço muito grande nesse sentido porque temos uma preocupação muito grande em relação ao tecido económico pois sabemos que o facto de a câmara não pagar aos empreiteiros e fornecedores coloca-os em risco de falência ou de graves dificuldades”. Ainda assim, Berta Nunes espera poder chegar aos 30 dias, tal como reduzir o endividamento em 10% por ano.“Nós temos um compromisso de reduzir o pessoal porque nós gastamos cerca de três milhões de euros por ano. A câmara tinha cerca de 165 pessoas quando nós chegámos à câmara e agora já reduzimos oito pessoas e temos o compromisso de reduzir ainda mais até ao fim do mandato” refere. Por outro lado, “temos também de cumprir um prazo médio de pagamento o mais curto possível. De preferência a 30 dias, mas o compromisso é menos de 90” acrescenta. Depois “temos de reduzir o nosso excesso de endividamento que tem em conta a dívida a curto, médio e longo prazo que é muito grande. Nós estamos em incumprimento pois continuamos a exceder os limites e por isso temos de reduzir no mínimo 10% ao ano desse endividamento” adianta. Apesar deste desempenho a autarca admite que as dificuldades financeiras continuam.“Com o saneamento financeiro passou-se uma divida a curto prazo que era de 12 milhões e meio de euros e que agora passou para médio/longo prazo, o que significa que temos encargos muito grandes com a banca. Só este ano é superior a um milhão entre amortizações e juros” explica. 

Ainda assim espera poder investir seis milhões de euros durante este mandato.

Escrito por Brigantia