Aterro Sanitário de Urjais recebe licença ambiental

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Sex, 27/06/2008 - 08:00


O Aterro Sanitário de Urjais, em Mirandela, já tem aprovação ambiental. Fica assim estabelecido que o Aterro Sanitário, do qual a Resíduos do Nordeste é a entidade gestora, deve tomar medidas integradas em todos os domínios ambientais de forma a assegurar a prevenção e controlo integrados de poluição.

 

Paulo Praça, director da Resíduos do Nordeste, diz que fica assim concluído o processo de licenciamento necessário para este tipo de instalações. “Esta licença ambiental é uma imposição de uma directiva comunitária, isto para nós estabelece-nos medidas destinadas a evitar a poluição, a reduzir emissões para ar, água e solo”, explica Paulo Praça. “Uma licença integrada de todos os domínios ambientais que nos estabelece uma orientação e com isso concluímos todo o processo de licenciamento necessário para este tipo de instalações”, refere o director da Resíduos do Nordeste acrescentando que “é do ponto de vista da sustentabilidade ambiental bastante positiva, as coisas já estavam a ser feitas de acordo com o que é exigido faltava um documento que atestasse e desse a orientação para a exploração do aterro”.

  

Recorde-se que o aterro sanitário de Urjais recebe os resíduos do Nordeste Transmontano, e ainda de Vila Nova de Foz Côa. Face à produção de resíduos, Paulo Praça adianta que o aterro terá uma esperança de vida útil que não deverá ultrapassar 2017. Por isso, estão já a ser tomadas medidas preventivas que passam pelas unidades de tratamento mecano/biológico do lixo. “A esperança de vida face à produção de resíduos, todos os anos e sistematicamente resiste, actualmente temos um cenário de vida útil ate 2016, 2017”, considera Paulo Praça afirmando que “estamos apostar já em medidas preventivas e medidas de outro tipo de natureza, apostando essencialmente em soluções de uma nova geração de politica de resíduos, como é o caso das unidade de tratamento mecânico biológico, que neste momento já candidatámos ao programa operacional da valorização do território e do qual aguardamos a apreciação da entidade gestora”.

 

O director-geral da Reíduos do Nordeste refere ainda que na área da reciclagem, o primeiro semestre deste ano regista uma evolução positiva. “Há uma evolução positiva, gradual ao longo dos últimos anos, é no entanto sempre um processo que fica aquém das nossas expectativas e das nossa necessidade”, defende Paulo Praça. “Parece-me que para o aumento da reciclagem é necessário outro tipo de medidas, nomeadamente os novos processos que fazem a separação mecânica dos resíduos, mesmo aqueles que vêm por via da recolha indiferenciada”, esclarece o  director-geral da Reíduos do Nordeste.

  

O Aterro Sanitário da Terra Quente obteve a licença ambiental. Um processo que demorou cerca de 15 meses a ficar concluído, e que terá efeitos retroactivos desde Outubro do ano passado.