Matriz energética revela consumos no distrito de Bragança

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Qui, 19/06/2008 - 09:11


O distrito de Bragança é a região que apresenta mais potencialidades de produção de energias renováveis, no norte do país. Esta é uma das conclusões da matriz energética do Nordeste Transmontano que foi apresentada ontem em Bragança.  

A região já é a nível nacional, o maior produtor de energias renováveis.

Um desempenho para o qual muito contribuem as barragens do Douro Internacional.

“Dentro da região Norte a zona que tem maior potencial de energia renovável é o Nordeste Transmontano” afirma a coordenadora da matriz energética do Nordeste Transmontano “e aqui estamos a excluir a grande hídrica”. Além disso salienta que a “energia renovável é um grande nicho para os transmontano investirem”.

 

No entanto, é um sector que não está muito explorado e para Helena Ferreira isto acontece porque “a inserção de formas energia renovável em Portugal ainda é incipiente” por isso no Programa de Alterações Climáticas, que também foi apresentado, “chamamos a atenção para desenvolver o mercado de energia que aqui não existe”.

 

Neste estudo, feito pela empresa Resíduos do Nordeste, conclui-se ainda que o consumo energético do distrito de Bragança é inferior à média nacional.

No entanto, o consumo de electricidade é superior à média do país.

Ao nível do consumo de combustíveis fósseis, o distrito consome sobretudo gasóleo para aquecimento.

No entanto, 27% do consumo total de energia do distrito é feito através da lenha.

Depois deste diagnóstico, a câmara de Bragança vai procurar implementar algumas medidas para reduzir a factura energética. “Em fase subsequente vamos encontrar um conjunto de medidas a implementar tendo em vista melhorar a eficácia energética, reduzir os consumos e fazer a aposta nas energias renováveis” afirma o presidente da câmara.

 

Os edifícios são os grandes consumidores de energia de Trás-os-Montes e os edifícios municipais não são excepção.

A autarquia gasta, por ano, cerca de um milhão e meio de euros de electricidade.

Mas Jorge Nunes salienta que o município vai começar a usar lâmpadas economizadoras. “Vamos entrar numa campanha desse nível, queremos reduzir nos consumos públicos e na iluminação pública” refere o autarca salientando que nos edifícios já estão a fazer alterações “substituindo caixilharias simples por duplas, melhorando isolamentos térmicos”. Além disso Jorge Nunes salienta que nas piscinas municipais “instalámos 200 m2 de painéis solares para aquecimento de água”.

 

A matriz energética do Nordeste Transmontano conclui ainda que a região é responsável por 1% das emissões de gases de efeito de estufa.