Qua, 18/06/2008 - 12:09
Para o MCLT a participação é um claro “NÃO” ao encerramento da linha. “A petição está on-line há cerca de dois meses e terminou ontem, oficialmente, mas vai continuar a decorrer” afirma André Pires, represente do MCLT em Bragança. “Vai ser entregue hoje ao presidente da Assembleia da República para levar este assunto novamente a discussão em plenário” acrescenta. “Também está agendado a entrega da petição á Comissão Europeia e à UNESCO” adianta. Com as cinco mil assinaturas “as pessoas demonstraram um total apoio à manutenção da linha para funcionar como um verdadeiro transporte ferroviário” acrescenta.
André Pires explica que o objectivo fundamental da petição “é a manutenção do caminho de ferro entre Mirandela e o Tua, a reabertura até Bragança e o alargamento até à Puebla da Sanábria e a constituição de um museu onde haja a recuperação de algumas peças de museu espalhadas pelo país”.
Em relação aos acidentes que têm ocorrido na linha do Tua, André Pires considera que há uma clara tentativa de acabar com a via-férrea por causa da construção da barragem. “Estranhamente os acidentes acontecem numa altura em que se prevê a construção de uma barragem”. Para o MCLT está a ocorrer “uma desvalorização total e um esvaziamento da linha porque os horários são desajustados, o que afasta as pessoas” afirma. Além disso, “há uma situação de medo e suspeição em relação á segurança da linha” o que para André Pires “demonstra um claro interesse em retirar o máximo de passageiros para que a linha seja encerrada”, conclui.