Qua, 18/06/2008 - 08:27
Contactado pela Brigantia, o empresário António José Flores, não quis prestar declarações.Mas ao semanário, o responsável afirma que a mudança está relacionada com os entraves impostos pelo regulamento da Zona Industrial de Bragança. António José Flores garante que a “cláusula de reversão, que faz parte do regulamento, o impede de fazer um empréstimo para a aquisição do lote” onde está instalada a fábrica.O presidente da câmara de Bragança apresenta outra versão para a saída do empresário da cidade. Jorge Nunes garante que o terreno está à venda por um preço simbólico, afirmando ainda que a autarquia não pode ceder lotes. “A câmara de Bragança acolheu a empresa com todos os apoios possíveis ajudando a encontrar instalações de aluguer para se instalar e disponibilizou-lhe um terreno por um décimo do valor de mercado, nos termos dos incentivos à actividade económica no concelho e que tem servido para todas as empresas” afirma o autarca. Além disso, acrescenta que “o que qualquer empresário tem de fazer é comprar ao preço que a câmara pode vender e que é um preço simbólico” e salienta que “nós não podemos dar o terreno a nenhum empresário”. António José Flores refere também que “em Macedo a carga fiscal é mais baixa do que em Bragança”. Jorge Nunes recorda que a autarquia não exerce carga fiscal sobre as empresas. “Bragança não tem carga fiscal absolutamente nenhuma sobre as empresas” afirma. “Nós não praticamos derrama sobre as empresas, por isso parece-me ridículo aquilo que declara o empresário”, considera o autarca. “Os restantes impostos, IRC e IVA são nacionais portanto não compreendo isso”.
A indústria que se dedica ao embalamento de amostras de perfumes e cosméticos criou 22 postos de trabalho e está em risco de sair da cidade.