Sex, 06/06/2008 - 15:30
Foram assistidos pelos bombeiros de São Mamede de RibaTua, os primeiros a chegar ao local.
O acidente ocorreu ao quilómetro quatro da linha do Tua, a poucos metros do local onde há dois meses descarrilou uma dresina da REFER por causa de um desabamento de pedras.
A automotora do Metro de Mirandela tombou para o lado esquerdo da linha no sentido Mirandela-Tua, em direcção à escarpa.
Se tivesse tombado para o lado contrário, a automotora teria caído pela ravina em direcção ao rio.
As causas do acidente não estão apuradas, uma vez que não houve desabamento de terras e a linha não sofreu danos.
No entanto já foi aberto um inquérito cujas conclusões devem ser conhecidas amanhã.
Só depois disso é que a REFER e o Instituto de Transportes Ferroviários é que vão tomar uma decisão acerca da data para a reabertura da linha. “Enquanto o metro lá estiver não se pode transitar na linha” afirma o presidente da sociedade Metro de Mirandela. “Essa operação vai ser desencadeada pela REFER e pela CP e circulará novamente se tiver autorização por parte do Instituto de Transportes Ferroviários mas eles costumam demorar alguns dias a fazer essa comunicação” refere José Silvano.
O autarca estranha a sucessão de acidente naquele troço da linha e admite repensar a circulação. “Tenho de tomar uma posição sobre isso, na próxima semana” afiança. “Não percebo como é que o LNEC e pela REFER deram autorização para circular aquele troço que é altamente analisado”. Para José Silvano “é muito estranho que cada vez que reabre a linha há um acidente no mesmo local”.
O ministro das obras públicas diz que o problema da linha do Tua é uma questão “difícil de resolver” porque “passa numa zona muito complexa, sujeita a desmoronamentos nas encostas”. São problemas que nesta linha “ocorrem com muita facilidade” afirma Mário Lino.
De recordar que este é o terceiro acidente com uma composição do metro de Mirandela em menos de um ano e meio.
O primeiro, em Fevereiro de 2007, causou a morte a três pessoas e obrigou ao encerramento da linha durante quase um ano.
Há dois meses ocorreu um outro descarrilamento com uma dresina que não causou ferimentos aos funcionários da CP.