Ter, 29/07/2008 - 08:56
O membro da Quercus deixou claro que são discutíveis as razões porque são construídas as duas barragens na foz dos rios Sabor e Tua. Francisco Ferreira avançou que tais empreendimentos apenas deveriam ser construídos quando todas as outras hipóteses estivessem esgotadas. “Nós temos vindo a alertar para o facto de se estudarem possibilidades de barragens com menor dimensão ou que nalguns locais não se façam por haver locais alternativos” afirma o dirigente. Além disso “se os impactes da produção são assim tão grandes só deveríamos ir para estas soluções quando as outras estivessem esgotadas” acrescenta.
Francisco Ferreira, da Quercus, lembra que o Sabor é rico no património natural, sendo o único rio selvagem da Europa, um valor que deveria ser aproveitado a nível turístico. “Vamos para as soluções mais simples que são aquelas que são mais fáceis de adjudicar e promover, mas construir uma barragem implica construir uma zona única onde existem muitas espécies e o rio Sabor é praticamente o único selvagem em toda a Europa”, salienta.
O mesmo se passa com o Tua, que tem qualidades paisagísticas únicas a nível mundial. “Qualquer pessoa que faça a viagem pela linha do Tua vê que é um troço magnífico do ponto de vista da paisagem que apresenta e esses valores turísticos podiam ser promovidos e proporcionar um rendimentos significativo às populações” defende Francisco Ferreira.
O representante da QUERCUS considera que a construção das barragens é a solução mais fácil de promover junto da população e lembra que existe um Plano de Eficiência energética, que pode reduzir o consumo de energia em 1%. Em termos de comparação, as duas barragens, Sabor e Tua, vão aumentar a produção em apenas 0,3%.