Sex, 17/12/2010 - 09:20
Produtor de coelhos há 18 anos, e reconhecido pelo próprio Ministério da Agricultura, em 2006, como um caso de sucesso no agro-negócio em Portugal, José Carlos Teixeira diz estar frustrado com as entidades ligadas ao PRODER, Programa de Desenvolvimento Rural, porque não aceita os argumentos apresentados para o indeferimento da sua candidatura relativa a um projecto para ampliação da exploração e do bem estar animal, na área do ambiente, no valor de 300 mil euros.
Nas três vezes que apresentou a candidatura, as razões apresentadas para a chumbar foram sempre diferentes.
O jovem cunicultor não entende porque não se apoia quem ajuda a desenvolver a economia como é o seu caso que exporta a totalidade da produção.
“Sinto-me frustrado e impotente porque queria fazer mais e melhor porque com a globalização do mercado há uma necessidade de ser competitivo e uma vez que há apoios queria aproveitá-los, mas eles estão a pôr entraves” afirma.
Desde 1992, José Carlos Teixeira já executou quatro projectos com um investimento total de 600 mil euros, no âmbito de vários programas comunitários sempre aprovados sem qualquer reparo de ordem técnica e económica, pelo que agora não entende esta falta de apoio e preferia que houvesse maior sinceridade nos argumentos apresentados pelas entidades.
“Já fiz quatro projectos nunca houve qualquer entrave embora houvesse uma penalização de 10% relativamente a outro sector agrícola: Nunca deram desculpas de mau pagador e eu nunca deixei de investir” refere.
Para além disso, José Carlos Teixeira considera excessivo e lamentável o tempo que demorou a comunicação do indeferimento.
“Apresentei a candidatura em Dezembro de 2009 e obtive a resposta em Novembro deste ano” conta.
Apesar deste revés, o produtor de coelhos garante que não vai desistir de investir no aumento da sua exploração, para poder subsistir num mercado cada vez mais competitivo e global.
No entanto, confessa que sem apoios, esse investimento terá de ser faseado.
“Estou a avançar lentamente mas não é fácil fazer um investimento de 300 mil euros só com capital próprio” afirma.
José Carlos Teixeira já fez sentir a sua indignação com esta falta de apoio ao próprio Ministro da Agricultura, mas ainda não obteve resposta.
Com uma comercialização de 150 mil coelhos por ano, José Carlos Teixeira é o maior empresário na área da cunicultura do distrito de Bragança.
Escrito por CIR