Seg, 09/09/2024 - 08:53
Dizendo que o país foi deixando o Interior sempre para trás e que os momentos de investimentos estruturantes no distrito foram feitos pelos socialistas, Pedro Nuno Santos criticou o Primeiro-ministro, Luís Montenegro, no que toca, por exemplo, ao facto deste ter contestado o fim das portagens em troços como a A4 e Túnel do Marão. “Quando nós, na oposição, mesmo com a acção limitada, conseguimos aprovar, na Assembleia da República, o fim das portagens, no Interior, ouvimos alguns políticos nacionais, desde logo o Primeiro-ministro, a contestar, como se fosse injusto, para todo o país, o fim das portagens. Isso é um sinal do distanciamento do político português em relação aos problemas no Interior do país”.
E disse ainda que quem governa não tem sensibilidade para perceber os problemas que a região atravessa. “O Passe Único é financiado pelo Fundo Ambiental, que é nacional, e todos nos contribuímos para que o passe nas grandes áreas metropolitanas desça de forma significativa. O Fundo Ambiental financia todos os anos o passe e o Interior vê quase zero dessas centenas de milhões de euros mas há políticos que acham que é uma grande coisa as portagens serem a custo zero num território que não tem alternativa”.
Assume que este exemplo permite mostrar como a direita e a esquerda veem o Interior e garante que o a região tem mais a ganhar com um Governo socialista. “Eu não desisti de que o distrito de Bragança reconheça que, ao longo destas décadas, a maior parte dos investimentos estruturantes foram feitos por governos do PS e que, no futuro, medidas importantes para o Interior só serão tomadas por um partido que tenha consciência de que é preciso fazer justiça neste território".
Pedro Nuno Santos esteve este sábado na Feira do Naso, na aldeia da Póvoa, no concelho de Miranda do Douro.
Escrito por Brigantia