Paulo Gonçalves preocupado com o futsal feminino

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Qua, 06/02/2013 - 09:55


Depois de um fim-de-semana de taça, no futsal feminino, a diferença de qualidade das equipas foi notória. Num campeonato tão pequeno e com pouca visibilidade, a formação é essencial, garantindo o futuro da modalidade.

Paulo Gonçalves, coordenador técnico de futsal e treinador de equipa feminina dos Pioneiros, acredita que a predisposição das atletas para os treinos é um dos principais problemas no futsal feminino. “Vinham, acima de tudo, do desporto escolar que é uma brincadeira. Quando o grau de exigência aumenta e são obrigadas a treinar, e esta é uma grande dificuldade das atletas femininas que é treinar, e nós tentamos incutir que temos de treinar da mesma maneira que treinam os homens, porque o futsal feminino não é diferente do futsal masculino”.Aliado ao problema dos treinos, a falta de conhecimentos tácticos por parte das jogadoras é algo que prejudica o rendimento das equipas. “Elas estavam habituadas a posições fixas, ou seja, eu sou fixa, tu és ala, ela é pivot. Quando foi incutido no grupo que aquilo que elas tinham de fazer era ocupações de espaço e libertarem-se daqueles espaços físicos que elas autodenominaram, e isso é uma dificuldade muito grande. Os nossos treinos são terríveis, porque um exercício que deveria demorar dois ou três minutos, demora quinze”.A falta de equipas e a incapacidade das equipas em competirem na nacional são assuntos que preocupam o técnico. “É preciso olhar para aquilo que é o nosso distrito, que é um distrito grande e que se queremos efectivamente que o futsal feminino evolua tem que haver mais equipas. Depois o que vai acontecer, e o meu grande receio este ano, seja a equipa que seja, é que vai ser outra vez, e espero bem que não, a equipa que for ao nacional vai levar aos 15, 16 e 17 de cada vez”.

A formação é fundamental, providenciando a subsistência do desporto no futuro. No distrital de futsal feminino estão, actualmente, cinco equipas em competição.

Escrito por Brigantia