Parque Eólico da Serra da Nogueira não avança por falta de vontade política

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Qua, 25/03/2009 - 08:25


Falta vontade política para avançar com a instalação do PENOG - Parque Eólica da Serra da Nogueira.O sentimento saiu na última reunião do conselho de administração da empresa. 

Inicialmente não havia infra-estruturas que garantissem a ligação da energia produzida à rede eléctrica.Com a nova subestação em Macedo de Cavaleiros esse problema foi ultrapassado.No entanto, a construção do Parque Eólico não pode avançar porque não tem autorização de ligação à rede eléctrica. “Com essa subestação que já está operacional abre-se a possibilidade de ligar pelos menos 100MW de potência em Macedo de Cavaleiros” refere o presidente do conselho de administração da PENOG. Carlos Pimenta que representa também a EDF, com 84% do capital social neste projecto, acrescenta que ainda não há datas para o inicio da instalação do parque “porque precisamos de autorização para ligar a Macedo e para isso é preciso que o Governo abra um concurso para a ligação à central eléctrica”. Fazem parte ainda as câmaras das Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais e 12 juntas de freguesia e comissões de baldios dos três concelhos.O autarca de Bragança diz que já alertou o Governo para este problema. “Evidenciamos junto do primeiro-ministro, ministro da economia e direcção-geral de energia a necessidade de no ultimo concurso, ser assegurada a autorização para ligar no mínimo 100 MW” refere, acrescentando que “vieram a ser atribuídos 25 MW à zona de Macedo, Mirandela e Valpaços que não sabemos se têm viabilidade ou se vão ser executados”. Para além do concurso que o Governo deverá abrir, Jorge Nunes tem outra solução para resolver este problema. “É solicitar ao primeiro-ministro que dê ordem ao ministro da economia que faça uma negociação directa com a empresa”. O PENOG terá 100 MW e representa um investimento de 150 milhões de euros.Durante cinco anos foram feitas medições de vento que comprovam a grande capacidade de produção de energia na Serra da Nogueira mas cujo potencial não está a ser aproveitado. O presidente da junta de freguesia de Rebordãos, em Bragança, lamenta que o parque ainda não esteja a funcionar. “Estamos a receber três mil euros de rendas por ano, mas não isto que pretendemos” afirma. “Se o parque estivesse a funcionar há meia dúzia de anos já tínhamos 300 ou 400 mil euros para investir na freguesia” afirma Adriano Rodrigues. 

As 12 juntas de freguesia e comissões de baldios envolvidas no projecto vão receber cerca de 600 mil euros relativos aos 3% da facturação anual.

Escrito por Brigantia