Qui, 04/07/2019 - 11:14
São investigadores que, à semelhança dos enólogos, trabalham para empresas do sector na melhoria de qualidade do azeite.
Em Portugal, a profissão de azeitólogo ainda é pouco conhecida mas já há quem ponha o seu nome nos rótulos do azeite para que contribuiu com o seu conhecimento.
“O azeitólogo faz desde o controlo da azeitona ainda no campo, indica qual o momento óptimo para a colheita para que nós possamos ir buscar alguns atributos positivos e que se vão destacar depois no azeite. Faz o acompanhamento do lagar desde a recepção da azeitona até à extracção do azeite, e no fim faz a mistura dos vários lotes em função daquilo que a empresa vai pedindo”, explica o investigador Nuno Rodrigues
Há já cerca de 9 anos que Nuno Rodrigues se dedica à investigação do azeite e há 3 que trabalha para várias empresas.
“Nós temos uma procura muito crescente. Actualmente, estou a trabalhar com sete empresas, quer a nível regional quer a nível internacional, e de facto, eram empresas que não estavam ligadas ao azeite e quiseram iniciar uma parte no azeite e então vieram-nos solicitar ajuda, uma vez que nós damos muitos cursos da parte sensorial e damos muita formação a nível técnico”, diz.
A preocupação com a produção do azeite tem crescido e a procura por um produto diferenciado também o que leva os azeitólogos do IPB a testar azeites com vários aromas.
Com as azeitonas do campus do politécnico de Bragança, os investigadores do CIMO criaram também, o ano passado, o azeite “Santa Apolónia”, que já arrecadou um prémio internacional.
Escrito por Brigantia.