Líder do PSD quer IVA a 16%

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Sex, 11/04/2008 - 08:18


Descer o IVA para 16%, tal como em Espanha, inverter o despovoamento do interior e apoiar mais os agricultores da região. Ideias chaves lançadas hoje de manhã pelo presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, que percorre, esta sexta e sábado, nove concelhos do distrito de Bragança, no âmbito do roteiro “Mudar Portugal”.

É uma visita ao interior profundo do país, que segundo Menezes tem sido sujeito, nos últimos anos, a uma política de abandono do território. Uma política que, na sua óptica, está errada. “Uma politica incompreensível, nomeadamente quando este território tem sido abandonado de forma progressiva”, diz Luís Filipe Menezes, que sublinha que o interior “contempla aquilo que é uma faixa regional que está contigua à nossa vizinha Espanha onde estão 40 milhões de consumidores prontos para ser servidos por um Portugal para que seja do ponto de vista económico mais competitivo”.Luís Filipe Menezes anunciou hoje de manhã em Ribalonga, Carrazeda de Ansiães, o tipo de política que seguirá para o interior caso vença as eleições legislativas do próximo ano. “ Falamos muito de um grande programa de harmonização competitiva fiscal para termos uma fiscalidade de nível semelhante de um lado e de outro da fronteira”, garante o líder nacional do PSD.Quer isto dizer que se Luís Filipe Menezes chegar a ser primeiro-ministro vai bater-se por descer o IVA para 16%. Em pleno Douro, o líder do PSD também criticou a política do governo socialista para o sector da agricultura. “ Uma agricultura portuguesa que está completamente abandonada do ponto de vista institucional, onde chegamos a uma situação que é completamente incompreensível”, assinala Luís Filipe Menezes. O presidente do PSD faz ainda referência à situação dos agricultores no que diz respeito aos fundos comunitários do quadro comunitário de apoio, “estamos já bem dentro do ano de 2008 e estamos quase com um ano e meio de atraso naquilo que é a regulamentação e o apoio aos agricultores portugueses”. Luís Filipe Menezes disse ainda que quer ouvir mais as pessoas para decidir, uma atitude que, segundo diz, José Sócrates não está a ter.