Lei das armas contestada na Feira da Caça

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Seg, 02/02/2009 - 08:18


O número de licenças de caça pode vir a diminuir nos próximos anos por causa de burocracias e dificuldades impostas pela nova lei das armas. 

O alerta foi deixado pelo presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses na sessão de abertura da Feira da Caça e do Turismo de Macedo de Cavaleiros. 

Vitor Palmilha adianta que a nova lei já contribuiu para uma redução superior a 20% no número de caçadores. “Esta lei das armas vai galopantemente acabar com o resto do sector” considera o responsável.

 

Daniel Baptista, um caçador, dá alguns exemplos da burocracia imposta pela nova lei das armas. “Para tirar a licença de uso e porte de arma é preciso três ou quatro dias em três ou quatro semanas e não há nenhuma entidade empregadora que dê esses dias ao funcionário para ir fazer uma prova teórica e prática”.

 

Já os comerciantes, expositores em Macedo de Cavaleiros, não sentem os efeitos da lei no seu negócio. “Para mim não, não sei os outros, mas eu não” afirma um expositor.

“Veio prejudicar a competição porque o caçadores que praticava em campos de tiro deixou de o fazer porque a lei não o permite” refere outro comerciante. “Mas no uso e porte de arma até veio facilitar porque tem tinha classe C agora não precisa do D, ou seja pode ter caçadeiras e carabinas com o mesmo uso e porte e isso até ajuda a vender algumas destas armas”.

 

Ainda assim a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses acredita que com tanta burocracia, o número de armas ilegais tenderá a aumentar, porque os caçadores desistem de cumprir os passos para obter uma licença.

Escrito por CIR