Lagaradas levou Automóveis Antigos até Sabrosa

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Seg, 29/09/2008 - 22:05


Meia centena de participantes, tiveram a oportunidade de mais uma vez tirar os seus “antigos” da garagem e participar no II Passeio de Automóveis Antigos, Bragança – Sabrosa, numa organização conjunta do Nordeste Automóvel Clube e Câmaras Municipais de Bragança e Sabrosa.

Com condições climatéricas de excepção para a realização de um evento com estas características, e saída tal como previsto, sábado, 27 por volta das 09h30 de Bragança, rumou a caravana IP4 fora até Macedo, onde estavam os amigos de Mogadouro que juntamente com os que haviam saído do Porto, Chaves e Vila Real, nesta cidade transmontana fariam a junção de todos os participantes. Almoço servido no Restaurante Abanico onde, numa gentileza das Indústrias Alimentares Alleu, se puderam apreciar umas alheiras e linguiças de fazer crescer água na boca.

  

Porque o Filipe Afonso fazia 15 anos e fez a opção de acompanhar os mais “velhos” neste dia, não faltaram o bolo de aniversário e os parabéns de toda a comitiva.

  

Após a refeição e curta passagem por Sabrosa, deixar malas no hotel e mudar de roupa, dirigimo-nos a Celeirós do Douro onde nos esperava a tradicional Festa das Lagaradas. Ambiente de festa e vindimas se nos depararam, e eram muitas dezenas de pessoas as que por lá se encontravam, ou nos lagares destinados a pisar as uvas, ou então a provar os muitos petiscos que nas tasquinhas espalhadas ao longo das ruas de Celeirós podíamos encontrar.

  

Quanto à comitiva do passeio de automóveis antigos, fomos dar primeiro uma boa pisa às uvas que repousavam num dos lagares destinados a serem tratados, e acreditem, que foi “duro” pisar tanta uva. Mas como o néctar que elas produzem e o nosso trabalho são Bênção de Deus, aguentamos até darmos por concluída a missão que nos tinha levado a este belo Alto Douro Vinhateiro.

  

Após o trabalho, venham então as tasquinhas. Nessas os milhos de carne de porco, a sopa da vindima e as pataniscas de bacalhau com arroz de feijão, mereceram nota 20, sendo que o resto não andava muito longe, pois nada mereceu nota inferior a 16, numa escala de 0a20. Quanto aos vinhos, já sabem, não há escala. Do Douro, sem comentários.

  

Completava-se assim o programa de sábado em Celeirós do Douro, mas que iria no hotel em Sabrosa ter prolongamento até cerca das 02h00 da madrugada, pois fomos surpreendidos com aparelhagem de Karaoke, pertença do nosso associado Germano Domingues, que montada no bar serviu para quem quis, demonstrar as suas qualidades vocais e o seu jeito para a música.

  

No domingo toca a levantar cedo e com passagens por Vila Real, Parada de Cunhos e Cumieira, chegamos a Santa Marta de Penaguião para visita às Caves Sta Marta (Adega Cooperativa de Sta Marta) onde nos foi possível ter uma visita guiada desde a chegada das uvas até à sua transformação em mosto. Passagem obrigatória também pelo posto de vendas onde foi necessário recorrer a uma viatura que aos nossos carros, estacionados no centro da vila, fosse depois levar as compras, tal foi a quantidade de produtos vinícolas adquiridos. A encerrar, visita ao museu das caves e respectiva prova, mesmo só provar, pois a estrada esperava-nos.

  

Por Medrões e Portela, no alto de Mouramorta, preparamos a descida para Loureiro e para irmos ao encontro de uma das mais belas paisagens do globo. Não há como descrever. Com o rio Douro, a barragem de Bagaúste e a cidade de Peso da Régua envoltos pelas vinhas dourienses, só indo ao local, parar e desfrutar do que a nossa vista consegue alcançar. É assim este Douro Vinhateiro; soberbo, exultante e criador de riqueza.

  

Após apuradíssimo almoço no Restaurante Varanda da Régua, situado em Loureiro, onde encontramos os amigos dos FORD, vindos de Lisboa, feita a entrega das lembranças e feitos os agradecimentos a participantes e patrocinadores, nada mais restava senão o regresso a casa. Estava cumprido mais um evento do nosso calendário de actividades 2008.

  Tal como dizia o nosso TIO ABEL de Mogadouro: “Este pode marcar já para o ano”. Pois é, e nós vamos cumprir, e talvez com a tal viagem fluvial, quem sabe?

Texto e Fotos: NAC