Sex, 12/09/2008 - 09:38
A edição deste ano vai ter 56 espectáculos e envolve 80 músicos de seis países. O cabeça de cartaz é o guitarrista espanhol Vicente Amigo. Entre outros nomes, destaque para outro guitarrista americano, Andy Mckee e para o saxofonista inglês Christian Brewer. Entre várias participações portuguesas, relevância para o Quarteto Sofia Ribeiro, premiado na semana passada, na Polónia.
A organização tem um orçamento de 70 mil euros e pensa atrair 6 mil espectadores.
Este ano, o cartaz é alargado à cidade de Lamego, que assim se junta a Vila Real, Régua, Chaves, Bragança e São João da Pesqueira.
Vitor Nogueira, director do Teatro de Vila Real, diz que esta nova parceria de Lamego é fundamental “é fundamental porque nenhuma casa de espectáculos se deve vangloriar de ter o seu público, pois o público deve circular entre todas as casas e é desse confronto de propostas que se fazem o bons públicos assíduos e interessados”, considera o director do Teatro de Vila Real.
O Douro Jazz espera também por público de todo o país, bem como algum vindo do estrangeiro, até porque o evento surge associado à época de vindimas, um dos momentos mais emblemáticos da região. “Na época das vindimas o Douro também é capaz de ser cosmopolita como sempre foi, não temos necessariamente de programar apenas folclore local”, defende Vitor Nogueira referindo que “há obrigação de uma série de instituições de promover o Douro além fronteira”. “Essa colagem ao espírito festivo das vindimas é o que tem constituído a força principal do Douro Jazz”, acrescenta.
Na edição deste ano, o Instituto do Vinho do Douro e Porto cede o seu lugar na organização ao Museu do Douro. O director, Maia Pinto, aproveitou o lançamento do Douro Jazz para propor ao Teatro de Vila Real a criação de um festival de ópera. “Dentro da música há outro género muito parecido com o JAZZ, que passou das aldeias para as grandes salas de concerto e que vai muito bem com uma atitude popular que é a ópera”, assinala Maia Pinto sublinhando que “o jazz tem a ver com a ópera, com a festa, o sentir, com o contar a história de um povo, e nada melhor que associar a festa das vindimas à musica”.
O festival de ópera é para já uma ideia, enquanto que o Douro Jazz é já uma certeza.