Sex, 08/04/2011 - 12:11
Fontes do partido adiantam que a lista poderia ser a mesma que concorreu há dois anos, encabeçada por Mota Andrade e com Luís Vaz em segundo e Ana Margarida Dias em terceiro.
Um cenário que o presidente da Federação Distrital socialista não confirma nem desmente.
Mas apesar de sublinhar que o processo de escolha de candidatos só agora começou, Mota Andrade admite encabeçar a lista do PS.
“No que concerne ao cabeça de lista, é por tradição uma escolha da direcção nacional. Mas se for convidado, penso que serei o cabeça de lista”, admite.
Se no PS o cenário é praticamente pacífico, no PSD muita água vai ainda correr até dia 26, data limite de entrega das candidaturas.
Nas últimas eleições para a comissão política distrital, José Silvano, o presidente da câmara de Mirandela, e Jorge Nunes, autarca de Bragança, assumiram a intenção de integrarem as listas nas próximas legislativas.
No entanto, mais tarde viriam a apoiar Paulo Rangel nas eleições para a liderança nacional do partido, que acabou derrotado por Pedro Passos Coelho, na altura apoiado pelo anterior líder distrital, Adão Silva.
No entanto, José Silvano diz que apenas na próxima semana deverá haver decisões. Mas a discussão começa hoje, em assembleia distrital.
“Aí vai definir o perfil que acha que deve ter os candidatos, a que normas devem obedecer, quem devem ser, se devem ser do distrito ou não. A Assembleia Distrital é soberana e transmitiremos à Comissão Política Nacional o perfil. As concelhias vão reunir na semana seguinte e escolher nomes com base nesse perfil e depois à distrital competirá indicar nomes. Só nessa altura analisarei quem é que o partido quer para cabeça-de-lista e só nessa altura direi que posição vou tomar se não for seguida a posição da comissão distrital.”
Um dos dados que baralham as contas no distrito de Bragança é o facto de o PSD impedir presidentes de câmara de se candidatarem a deputados, pois o mandato para o qual foram eleitos ainda nem vai a meio.
Mas José Silvano admite excepções.
“Os presidentes de câmara não devem estar disponíveis para ser candidatos porque devem cumprir os mandatos até ao fim. Esse princípio pode ter excepções, desde que se justifiquem”, realça o líder distrital do PSD.
Com o cabeça de lista indicado, por tradição, pela comissão nacional, habitualmente cabe à comissão política distrital indicar os restantes.
Na sua tomada de posse como líder distrital, em Janeiro de 2010, José Silvano garantiu que se iria opor a um candidato de fora do distrito.
Mas, apesar das divergências políticas que mantém com Adão Silva, admite que o actual deputado seria um bom candidato para encabeçar a lista social-democrata.
“O distrito tem personalidades já com provas dadas e com exercício de funções a nível nacional que podem ser cabeças-de-lista sem ter de ser qualquer presidente de câmara. Não tenho qualquer dúvidas que Adão Silva é uma dessas personalidades e possibilidades. Se eu aceitaria concorrer numa lista encabeçada por ele? Para já não se põe a questão em relação a mim porque os presidentes de câmara têm um princípio que ninguém sabe se será ou não ultrapassado. Mas se se pusesse a questão, porque não? Sentir-me-ia muito honrado com isso”, conclui.
Indefinido está também o nome do terceiro elemento, que terá de ser uma mulher. Nesse caso, a concelhia de Macedo de Cavaleiros quererá ter uma palavra a dizer.
Quanto ao CDS/PP, o líder distrital e candidato nas últimas eleições, Nuno Sousa, recusou fazer comentários, pois a lista será anunciada pelo próprio líder do partido na próxima segunda-feira.
Mas fontes ligadas ao processo de escolha garantem que a lista ainda não está fechada, devido a alguma contestação que se gerou na última reunião.
Em causa, a posição na lista de alguns candidatos.
Mesmo assim, Nuno Sousa e Egídio Frias são dois dos nomes mais fortes.
Escrito por Brigantia