Sex, 19/06/2009 - 09:50
“Por exemplo, os brasileiros dizem que sentem discriminação étnica e social. Sentem-se discriminados porque acham que as pessoas não os recebem bem. Acham que o muito frio daqui não é bom para eles e que as pessoas não são afectivas. Têm uma vontade muito grande de regressar ao seu país. Curiosamente também é o único país em que consideram como profissão a prostituição”, explicou a investigadora. São pelo menos 68 os imigrantes que residem na região de Bragança, de 18 países diferentes, sinalizados por este estudo. Segundo a investigadora Maria Nascimento, o maior problema prende-se com a sua legalização. “É a maior dificuldade, talvez porque quando chegam não têm ainda o conhecimento exacto dos apoios que lhes podem ser prestados.”Outro estudo, este realizado por duas alunas, Verónica Fonseca e Zaida Pina, revela vários problemas do bairro da Mãe d’Água, em Bragança, aqui resumidos pela professora Maria Nascimento, que orientou a investigação: “Problemas de toxicodependência, de alcoolismo, de não terem espaços públicos adequados. Há uma data de instituições radicadas no bairro, como a AMI, mas que as populações não usufruem delas. Habitações muito degradados. Os espaços públicos e de lazer estão muito danificados e podiam ser factores de inclusão e melhoramento da qualidade de vida daquelas populações.” Problemas há muito conhecidos num dos bairros mais populosos da cidade de Bragança. Escrito por Brigantia