Ter, 30/03/2010 - 10:57
Já os que trabalham nos centros de saúde, a adesão não foi tão significativa.
Segundo Telmo Afonso, delegado sindical no CHNE, nos hospitais de Bragança e Mirandela a paralisação ronda os 95%, turno das 16H à meia-noite.
“Foram 94 por cento e em Mirandela 96 por cento”, precisa. “Aqui em Bragança só houve dois enfermeiros a trabalhar sem fazer greve. As consultas externas e o bloco operatório nas cirurgias programadas houve uma adesão de cem por cento”, diz.
Já no Hospital de Macedo de Cavaleiros, 85% dos enfermeiros não foram trabalhar no segundo turno desta segunda-feira.
São números que deixam satisfeita Antónia Alves, da delegação de Trás-os-Montes do Sindicato dos Enfermeiros.“Revela bem a insatisfação e o descontentamento dos enfermeiros com a recusa do Ministério da Saúde em negociar uma carreira condigna, que venha satisfazer as necessidades e os direitos dos enfermeiros.”
Nos centros de saúde a adesão não foi tão significativa neste primeiro dia de paralisação.
Segundo dados do Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste, esta segunda-feira apenas 8,9% dos enfermeiros fizeram greve.
Uma situação que se ficou a dever ao facto de a greve só ter sido convocada a partir das 14H.
“Como o funcionamento dos centros de saúde é entre as oito da manhã e a tarde, não é abrangido pelo pré-aviso de greve”, diz Antónia Alves, esperando “uma adesão maior” a partir de hoje.
Assim, esta terça e quarta-feira, os sindicatos esperam maiores níveis de adesão à greve por parte dos enfermeiros que trabalham nos centros de saúde.
Escrito por Brigantia