Seg, 24/03/2008 - 08:49
“A parte da adubação e do controlo das infestantes não leva qualquer adubo químico nem herbicidas e pesticidas” garante o produtor. Na parte dos tratamentos fitossanitários, a videira também não leva qualquer tratamento sistémico “mas apenas produtos naturais como é o caso do enxofre para combater o oídio e a cal da bordalesa para prevenir o míldio” explica Gilberto Pintado.
Na parte do engarrafamento do vinho também “não há adição de anidro sulfuroso nem de ácidos tartáricos e málicos, nem qualquer emulsionante, é tudo natural”.
Viticultor há seis anos, Gilberto Pintado entra em 2008 num nova fase: a da produção do tradicional D. Freixo passou para o D. Freixo Elite, que é mais barato.
O mercado deste tipo de produtos ainda é um pouco tímido, mas a apetência tem vindo a aumentar. “Há um certa renitência mas há um nicho próprio de mercado que vai à procura desse produto” refere este viticultor. “Temos é de saber pôr lá o produto” salienta.
Em Portugal e Espanha o consumo de vinhos biológicos ainda não é muito elevado, daí que Gilberto Pintado esteja a estudar outros mercados. “Temos de tentar essencialmente o mercado nórdico, através da Internet”. As cerca de cinco mil garrafas da colheita do ano passado já estão praticamente todas vendidas. Resta apenas “20% do stock de tinto”.
Gilberto Pintado, um viticultor de Freixo de Espada à Cinta, a produzir vinhos biológicos há dois anos.
Diz-se o primeiro produtor da Península Ibérica a produzir e comercializar vinhos que são 100% naturais.