Empresa de inserção reduz facturação para metade

PUB.

Sex, 01/08/2008 - 08:53


A crise já chega às empresas de inserção social. Pelo menos em Macedo de Cavaleiros, vivem-se dias difíceis na ADIMAC (Associação para o Desenvolvimento Integrado de Macedo de Cavaleiros), pois a empresa de compotas biológicas não está a conseguir escoar o produto.  

A facturação já desceu para metade.

Os clientes eram fixos mas têm diminuído e a concorrência na área também tem dificultado o negócio.

A falta de escoamento das compotas biológicas da ADIMAC está a fazer com que a empresa de inserção social “Da tradição se fez doce” entre em crise.

 

Ilídio Mesquita, secretário da direcção da ADIMAC, refere que a crise é geral e adverte que a produção de compotas não parou. “Todo o país está a atravessar uma crise, não são só as empresas sociais da ADIMAC” afirma o responsável garantindo que “a produção das compotas não terminou mas estamos com alguma dificuldade de escoamento”, admite.

 

A produção baixou porque o número de clientes também reduziu. Aliás, algo que se verifica de forma gradual já há dois anos pois a facturação diminuiu cerca de 50%. “Desde há dois anos, é notória a diminuição do número de clientes” embora “nós pensássemos que íamos ter mais compotas vendidas” refere Ilídio Mesquita.

 

Só um conjunto de apoios poderia salvar a situação de crise das empresas de inserção. O secretário da direcção da ADIMAC teme, no entanto, que tal possa não vir a acontecer. “Espero bem que sim, mas não sei se vai aparecer” afirma salientando que “não consigo fazer futurologia” quanto ao destino das trabalhadoras caso esses apoios não surjam.

 

O próximo Quadro Comunitário de Apoio pode ser a tábua de salvação das empresas “Da Tradição se fez doce” e “Vassouras e Trapos”, da Associação para o Desenvolvimento Integrado de Macedo de Cavaleiros, que desde 1999 se dedicam à confecção de compotas biológicas e limpezas, dando trabalho a mais de duas dezenas de mulheres desempregadas.