Eleições para os órgãos sociais da Cooperativa Agrícola anuladas

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Qua, 13/08/2008 - 09:10


O tribunal de Carrazeda de Ansiães anulou as eleições para os órgãos sociais da Cooperativa Agrícola. O sufrágio de Março de 2007 foi considerado nulo pelo juiz, bem como todos os actos praticados desde então pelos órgãos sociais eleitos.

 

A acção judicial foi liderada pelo cooperante Sérgio de Castro, que não gostou de ver marcadas novas eleições sem a Assembleia-Geral ter reunido primeiro. “ O que me levou a recorrer a tribunal é que eu era candidato a essas eleições e quando me apercebi que essas eleições eram ilegais, eu retirei a minha candidatura”, recorda Sérgio de Castro garantindo que as eleições “eram ilegais porque como tinha havido um elemento que tinha falecido eles tinham que fazer uma reunião com a assembleia para convocar eleições, e não fizeram isso, marcaram novas eleições”.

 

Foi por isso, que Sérgio de Castro justifica ter desistido da sua candidatura, bem como ter avisado a direcção liderada pelo recandidato João Rodrigues do acto ilícito que estariam a cometer. “Eu avisei-os pessoalmente e por escrito, não quiseram saber, eu disse que ia recorrer ao ministério público, tive o cuidado de os avisar, agora vê-se o resultado da sentença que deu razão a quem a tinha”, afirma o cooperante.

 

O presidente da Cooperativa Agrícola de Carrazeda reeleito em Março do ano passado, João Rodrigues, já disse que vai recorrer da sentença, mas não se alargou em comentários. “Não tenho nada a comentar a esse respeito, são decisões judiciais, o juiz decidiu e nós tomamos a nossa atitude quanto ao argumento que o juiz apresentou e por isso vamos recorrer”, assinala João Rodrigues. “Não é porque eu esteja agarrado aquilo”, afirma João Rodrigues considerando que “parece mais uma brincadeira que outra coisa”. “Se eu não visse a cooperativa numa situação que tem que se prestar muita atenção, já tinha dado oportunidade que se convocassem novas eleições e já estava o problema a resolvido”, garante João Rodrigues, acrescentando que “poderia demitir-se tudo, havia novas eleições e acabava-se a história, mas já agora vamos com isto mais para a frente”, afirma o presidente da Cooperativa Agrícola de Carrazeda reeleito em Março do ano passado.

 

O tribunal de Carrazeda de Ansiães anulou as eleições para os órgãos sociais da Cooperativa Agrícola realizadas em Março do ano passado, mas a direcção eleita vai recorrer da decisão.

 

Sérgio de Castro estima que o recurso arraste a situação mais uns meses mas acredita que as instâncias judiciais superiores vão manter a decisão. Quando forem marcadas novas eleições, este cooperante garante que será candidato.