Dívidas aos bombeiros de Vila Flor ultrapassam os 36 mil euros

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Sex, 26/08/2011 - 11:01


O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses alertou ontem para o risco de algumas corporações de bombeiros paralisarem caso o Governo não arranje uma solução para as dívidas que os hospitais têm para com as diversas corporações de bombeiros. Um exemplo das dificuldades que esta situação está a criar é a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Flor.  

A dívida de hospitais e da Administração Regional de Saúde do Norte supera, neste momento, os 36 mil euros. Uma quantia que representa entre três e nove meses de facturas em atraso.O presidente da associação humanitária, Carlos Fernandes, salienta os principais devedores:“Neste momento temos uma dívida de hospitais e ARS na ordem dos 36 mil euros. A ARS deve-nos 10 164 euros, o hospital de Santo António 3090 euros, o de Vila Real 4800 euros, o de Mirandela 2700 euros. E depois o de Macedo com 11900 euros. E há outros hospitais com valores menos significativos.”

Carlos Fernandes acrescenta que sem estas dívidas as dificuldades dos Bombeiros de Vila Flor não seriam tão agudas:

 

“Este valor, para nós tem um significado grande porque as despesas correntes vão surgindo, como a manutenção de viaturas. Com este dinheiro iríamos liquidando algumas dívidas. Estamos a ficar numa situação financeira muito complicada.”

 O futuro também não se adivinha melhor, devido à alteração das regras do transporte de doentes não urgentes:

“A nível de credenciais passadas para doentes não urgentes baixou significativamente. Tínhamos três viaturas diariamente a transportar pessoas para fisioterapia. Agora diminuiu na ordem dos 80 por cento.”

 

Entretanto, a Liga dos Bombeiros já solicitou uma reunião com carácter de urgência ao ministro da Saúde e ao da Administração Interna para abordar esta e outras questões ligadas às Associações Humanitárias de Bombeiros, mas ainda aguarda uma resposta.

A Brigantia também tem tentado um comentário por parte do presidente da associação humanitária dos bombeiros de Bragança, mas Rui Correia escusa-se a falar sobre esta questão.

Da parte da federação distrital de bombeiros, também não tem havido disponibilidade para comentar esta situação ou mesmo facultar dados.

Escrito por CIR