Detido em França elemento de gangue que assassinou inspector da PJ natural de Macedo

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Ter, 29/03/2011 - 09:16


Foi detido o último elemento do grupo conhecido por “Ferreiras” responsável pelo homicídio do inspector da Polícia Judiciária João Melo, natural de Bornes, Macedo de Cavaleiros. No aniversário da morte do inspector, em Janeiro pensava-se que o indivíduo estaria no Brasil mas foi agora detido em França. 

Desde 2004, altura em que terminou o prazo de prisão preventiva que José Bessa se encontrava a monte. Agora foi localizado e detido em França.Tem 43 anos e foi condenado em cúmulo jurídico à pena de 15 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, roubo, furto, falsificação de documentos e detenção de arma.Este era o último elemento do “Gang dos Ferreiras” responsável pela morte de João Melo, inspector da Polícia Judiciária que perdeu a vida em Marco de Canaveses a 25 de Janeiro de 2001. Este ano assinalaram-se os 10 anos da sua morte, e em Bornes, Macedo de Cavaleiros, a família sentia que ainda não se tinha feito justiça. O pai estava chocado com as notícias que surgiam em Janeiro e que diziam que o agora detido se encontrava a monte no Brasil.“Choca-me porque não houve a justiça que deveria haver. Deviam ser condenados para que estas coisas não voltassem a acontecer” refere Maximino Melo, salientando que “depois quem cá fica, fica a sofrer uma vida inteira porque perder um filho é muito doloroso”. João Melo foi assassinado em 2001, altura em que tinha 30 anos. O amigo e colega Júlio Santos, que seguia no grupo de inspectores alvejados pelo gang dos Ferreiras e que visitava frequentemente a campa de João Melo em Bornes acabou por falecer em Agosto de 2008 na sequência de um acidente de viação. Recorde-se que o confesso autor dos disparos que atingiram João Melo é outro elemento do “gang dos Ferreiras”: José Augusto. Encontra-se a cumprir uma pena de 25 anos depois de ter sido capturado em Espanha e condenado por tráfico de droga e armas em Junho de 2001. 

Aguarda-se agora que José Bessa, detido este fim-de-semana, seja extraditado para Portugal.

Escrito por CIR