Sex, 30/09/2011 - 17:55
Utiliza as artes como forma de os aproximar com o exterior.“Funciona através de quatro workshops de pintura, escultura, drama e literatura promovendo a inclusão dos reclusos na sociedade civil” explica Joaquim Queirós, presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa, acrescentando que “os próprios reclusos se organizam e convidam pessoas ligadas a cada uma destas áreas e que fomentam este tipo de trabalho”. “Os reclusos assistem aos workshops e depois põem em prática aquilo que vão aprendendo, produzindo obras de arte ou outro tipo de coisas que podem depois ser valorizadas no exterior” salienta.Estão a participar neste projecto 50 dos cerca de 300 reclusos do Estabelecimento Prisional de Izeda.O director revela que nos últimos tempos disparou a procura de livros na biblioteca da prisão.“Temos uma biblioteca bastante reduzida e estamos a assistir a um acréscimo de leitores” adianta Mário Torrão. “Aquilo que fazem, no caso da literatura, é que um recluso lê um livro à sua escolha e depois expõe a história aos colegas e debatem o assunto. É positivo porque incentiva-os” considera.O projecto foi apresentado hoje durante o primeiro encontro transfronteiriço da Cruz Vermelha entre Bragança e Zamora.O presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa salienta a boa relação entre as instituições dos dois lados da fronteira.“Com a Cruz Roja Espanhola existe uma excelente cooperação ao nível dos dois países e ao nível fronteiriço pois podem ser aproveitados programas europeus para resolver problemas dos dois lados da fronteira” refere Luís Barbosa. “Essa capacidade de interacção é fundamental pois até há recomendações nesse sentido da Federação Internacional até para situações de catástrofe natural, poderem inter ajudar-se de forma imediata” salienta.
O projecto “Reintegrar no Voluntariado” representa um investimento de 10 mil euros e é financiado pela União Europeia.
Escrito por Brigantia