Contentor do lixo debaixo da janela gera descontentamento

PUB.

Sex, 01/08/2008 - 08:50


Um emigrante está revoltado com a junta de freguesia de Mós, em Bragança, por causa de um contentor do lixo. António Joaquim chegou recentemente de França, para gozar um período de férias, e quando chegou a casa, em Paçó de Mós, deparou-se com um contentor de recolha de lixo colocado por baixo de uma janela de um quarto.  

A situação não lhe agradou por causa dos maus-cheiros libertados pelo contentor. “Pode provocar doenças por causa das moscas, tanto que os meus filhos não quiseram dormir ali” conta o emigrante. “Fui ter com o presidente da junta a perguntar que tinha feito aquele serviço e ele disse-me que tinha sido ele quem mandou fazer” refere mas “eu acho que aquilo não é normal e eu dei-lhe um prazo de oito dias para tirar aquilo dali, mas ele disse-me que não ía mexer”, acrescenta.

 

No entanto, segundo António Joaquim, para colocar ali o contentor, a junta de freguesia fez um desaterro junto à casa “que deixou os alicerces da habitação à vista”.

Além disso, não compreende porque é que o depósito de lixo foi mudado de sítio, já que anteriormente se encontrava noutro local. “Estava muito mais abaixo num lugar onde não incomodava ninguém, mas resolveu fazer ali um muro novo e agora por causa de políticas ou influência de amigos e agora não quer lá o caixote do lixo para não o sujar” afirma. No entanto, António Joaquim considera que “há muito mais espaço para o poder pôr”.

 

 

O presidente da junta de Mós garante que o contentor “nunca esteve debaixo da janela” da casa do emigrante, embora actualmente o depósito tenha sido colocado cerca de 5 metros: “Eu não o tirei mas não sei quem o pôs lá nem foi com ordem minha”, afirma o autarca.

 

Anselmo Martins explica ainda que retirou o contentor do local inicial porque “compus a entrada da aldeia e não o queria ali, por isso é que o mudei mais para cima”. Quanto ao alegado desaterro feito junto à habitação diz que mandou “limpar um bocado de entulho que eles lá tinham que era no terreno na junta e não o podiam ter ali” explica, esclarecendo ainda que “a máquina não chegou á beira da casa, só que havia lá uma terra encostada e conforme foi limpando a terra foi caindo para baixo”, conclui.