Qui, 10/04/2008 - 08:58
“A saída das médicas tem um impacto muito negativo porque deixará de haver cirurgias ginecológicas em Mirandela e as consultas da especialidade serão reduzidas ao mínimo porque vão ser assumidas por um médico obstetra que está aposentado”.
No entanto, para Adão Silva, mais grave que isso é o facto de o quadro do Centro Hospitalar do Nordeste ficar reduzido a três profissionais desta especialidade, o que pode pôr em causa o funcionamento em pleno da maternidade de Bragança, por falta de recursos humanos. “Com a saída das duas médicas corre-se o risco de a maternidade de Bragança não garantir a exigência de haver sempre dois médicos obstetras 24 horas por dia”
O director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste explica que uma das médicas em causa é a obstetra que este suspensa por ordem da Inspecção-geral de Saúde pois, “quando estava no fim da suspensão pediu licença sem vencimento durante um ano alegando que não tinha condições para continuar a trabalhar mas nós recusámos e ela despediu-se” adianta Sampaio da Veiga. Já a outra médica “ganhou um concurso público e agora vai ser colocada na maternidade Júlio Dinis, no Porto”.
Sampaio da Veiga, garante no entanto que o atendimento às grávidas não vai ser afectado pela saída destas duas médicas, uma vez que já foi feita a reorganização do serviço com a contratação de mais três obstetras. “Já há quase dois anos que contratámos um médico para fazer esse serviço em Mirandela e em Bragança trouxemos um médico que vive em Chaves e outro que trabalha no Porto e também já estava ligado a Mirandela”.
Segundo o Centro Hospitalar ficam assim sete médicos obstetras no activo.