Qua, 17/06/2009 - 18:14
Começou pela Avenida Cidade de León, onde descerrou também uma placa alusiva aos caretos, seguindo imediatamente para a nova sede da Fundação Rei Afonso Henriques, em frente ao Governo Civil.
Dez minutos depois já estava a caminho da biblioteca Municipal Adriano Moreira, tendo ainda tempo para inaugurar a Praceta Adriano Moreira. Foi só depois dessa maratona que decorreram os discursos da praxe.
O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, alertou Cavaco Silva para a urgência de dar o salto qualitativo na política regional, apelando ao investimento na inovação e pedindo mudanças no sistema político e de representação parlamentar. Mas coube ao próprio Adriano Moreira, natural de uma aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros, o alerta mais veemente, referindo-se à má situação económica do ensino superior.
“Acho que, sobretudo a rede pública, com o país em grande debilidade orçamental, não pode ficar apoiada no mercado. Nalguns lugares temos sinais que a orientação tem de ser corrigida, porque várias instituições estão em situação financeira difícil”, disse.
O professor universitário e antigo governante sublinhou ainda a importância de dar atenção à interioridade, numa época de crise.
“Alguma coisa temos de exigir em relação à atenção devida à interioridade. Acho que é um momento muito difícil e temos de conjugar a interioridade – uma experiência antiga e dolorosa – com a situação que os economistas chamam de periférica do país, severamente atingido pela crise financeira mundial”, sublinhou.
Por entre elogios à liderança de Bragança no desenvolvimento do Nordeste, Cavaco Silva sublinhou a importância da valorização do património.
“Eis aquilo que Bragança e esta região mais necessitam: formas inovadoras de valorização do seu património e dinamização das suas capacidades, consistentes com uma acrescida centralidade no contexto ibérico e uma maior proximidade ao centro da Europa.”
Depois dos discursos oficiais, Cavaco Silva partiu como chegou, apressado, sem responder às perguntas dos jornalistas sobre os motivos da sua visita.
Quem falou foi Jorge Nunes, garantindo que depois da inauguração da avenida Cidade de León, as prioridades dos investimentos da câmara serão outras, não havendo um prazo para a continuação da circular interna da cidade.
“Não temos calendário para a continuação. Temos outras prioridades, que se centram no Parque de Ciência e Tecnologia, na ciclovia, nos centros escolares e no aeroporto regional. Até 2013 Portugal vive um momento único que pode não vir a repetir-se, sob o ponto de vista de apoios estruturais a apoios de construção a infra-estruturas. Todos os recursos que o município tiver disponíveis como receitas próprias deve tentar canalizá-las, preferencialmente, para projectos que sejam elegíveis a apoios comunitários. Se surgiram possibilidades no âmbito da mobilidade, o município deve posicionar-se preferencialmente com o aeroporto regional e secundariamente com a circular urbana, sendo que parte da circular será feita por provados, à medida que as urbanizações vão progredindo.”
Quanto à Fundação Rei Afonso Henriques, vai lançar um site para continuar a divulgar a Rota do Douro Património da Mundial.
Escrito por Brigantia
