Sex, 28/05/2010 - 09:21
Aproveitando uma tradição antiga, Ivanete Escobar começou recentemente a fabricar almofadas de caroço de cereja.
Instalada junto à cozinha da empresa municipal AlfaDoce, que produz compotas de cereja, aproveita os caroços e ela própria costura o pano que dará a forma à almofada.
“O caroço da cereja tem de ser sujeito a um tratamento. Primeiro tem de ser lavado e depois seco” explica Ivanete Escobar. “Depois é só fazer o enchimento das almofadas” acrescenta.
“Nós estamos agora a começar este projecto, mas acho que as pessoas estão a achar a ideia interessante” refere. “Há dois ou três meses que começámos, vamos fazer a apresentação na feira e depois aceitamos encomendas”.
As almofadas de caroços têm um efeito relaxante, aliviando as dores, em diversas situações e para as quais se recorre ao quente ou ao frio.
“A almofada é colocada no micro-ondas, à temperatura máxima durante dois minutos, e faz um aquecimento como se fosse um saco de água quente” explica. Depois é só colocar na zona que se quer tratar. “É muito bom para as articulações e até para as cervical” indica. Já para as inflamações “o saco põe-se no congelador do frigorífico e depois pode colocar-se numa massadura, um entorse ou um inchaço”. O efeito é comprovado pela própria fabricante pois “todas as noites eu durmo com uma”.
Estas almofadas, que custam 10 euros, são a mais recente inovação da Alfadoce.
Mas também os pés da cereja têm uma utilidade.
“O pé de cereja é reaproveitado, seco e embalado. Serve para fazer chá que é diurético e dietético” refere Libânia Rosa, gerente da empresa.
A cereja que não serve apenas para ser consumida em fresco ou em compotas.
Os seus subprodutos, o caroço e o pé, também têm utilidade e por sinal bem interessantes.
Escrito por Brigantia