Seg, 29/11/2010 - 09:23
Francisco Lopes considera que o Estado devia dar o exemplo para promover o desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas.
“No Orçamento de Estado corta-se o investimento público para estas regiões e ele é essencial para atrair o investimento privado para que se aproveitem as potencialidades que aqui existem” afirma, acrescentando “é que podia dizer-se que estamos numa região empobrecida e sem recursos mas as riquezas naturais estão cá, as potencialidade da agricultura, da floresta, do mundo rural, da energia e do ambiente que são pouco aproveitadas”.
O comunista entende ainda que à falta de investimentos, o sector agrícola da região tem sofrido um ataque.
“Há um declínio do sector produtivo, uma destruição da produção nacional, criação de desemprego, desertificação, dependência do estrangeiro em produtos alimentares que são necessários ao consumo dos portugueses” afirma, salientando que “esta zona tem essa marca muito clara de como tem sido o ataque ao sector produtivo”.
Francisco Lopes critica ainda o encerramento de serviços públicos na região transmontana.
“Porque há desertificação e destruição do aparelho produtivo, em vez de se estimular o desenvolvimento, começam a fechar parte do país, designadamente no que se refere a serviços públicos que é o que tem acontecido com o Serviço Nacional de Saúde e escolas” afirma. “No fundo o que há é a falta de investimento, o corte de verbas que são enviadas para outros sítios” conclui.
Declarações feitas durante um almoço com militantes do PCP, ontem em Bragança.
Escrito por Brigantia