Seg, 28/03/2011 - 09:59
Da parte de Bragança, o grupo partiu da aldeia de Rio Frio.Entre os participantes, as razões da adesão eram várias.“É para não haver portagens na futura auto-estrada, mas também por causa da ligação entre Quintanilha e Zamora” refere Sebastião Pires, acrescentando que “quantas mais vias de comunicação tivermos mais fácil se torna a deslocação das pessoas”.
José Morais, ex-emigrante em França conta que muitas vezes percorreu aquela estrada e “se a gente tivesse estes 70 quilómetros, era outra coisa”. Já Maria de Fátima participou “por ver os outros, mas penso que isto é por causa da estrada”.
Do lado espanhol, a população parece sentir mais a falta desta ligação.“Queremos que a auto-estrada nos ponha mais em comunicação e que não esqueçam esta zona. É algo que estamos à espera há muito tempo e queremos consegui-lo” refere Caridad Senandes. “Já há muito tempo que nos dizem que isto tinha de estar feito e só nos estão a enganar” afirma, revoltada Mercedes Penã, acrescentando que “temos um governo socialista que está a acabar com a Espanha”. Entre Zamora e Bragança faltam construir 70 quilómetros da A11.O presidente da deputación de Zamora critica a atitude do Governo espanhol que tem vindo a adiar a concretização deste troço.“Apesar da chuva e da mudança da hora estamos aqui porque esta é uma marcha de cidadãos e apolítica que só tem como objectivo o interesse conjunto dos cidadãos. Só pedimos a construção da auto-estrada” afirma Fernándo Martínez Maillo, acrescentando que “nestes anos não se tem feito nada pois o Governo de Espanha tem paralizado estes projectos e em Portugal já se está a construir a auto-estrada e em Zamora é só promessas e mais promessas”. Já o presidente da câmara de Bragança não se esqueceu de protestar contra o pagamento de portagens na futura Auto-estrada Transmontana.
“Neste momento queremos também manifestar a nossa discordância firme relativamente ao pagamento de portagens na Auto-estrada Transmontana” refere Jorge Nunes, salientando que “os cidadãos do litoral tiveram, durante vários anos, boas infra-estruturas para promover o desenvolvimento sócio-económico e esta região ficou para trás”. Por isso, o autarca entende que “temos o direito e a legitimidade para reivindicar que nos próximos quatro anos nos seja dada também a oportunidade que outros cidadãos tiveram para promover o desenvolvimento”.
Nesta concentração foi ainda apresentado um manifesto, assinado por portugueses e espanhóis, que será enviado aos Governos de ambos os países exigindo que na próxima cimeira ibérica a construção desta ligação seja articulada.
Escrito por Brigantia