Banda de Lamas comemora 100 anos de existência

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Seg, 28/03/2011 - 09:12


Pertencer à banda 25 de Março é uma tradição ainda viva em Lamas, Macedo de Cavaleiros. Quase todos os habitantes da aldeia têm ou já tiveram algum familiar na colectividade.O convívio e a amizade fazem com que não só os mais velhos mas sobretudo os jovens queiram fazer parte do grupo que este fim-de-semana comemorou cem anos de existência. 

José Barroso, de 38 anos e Manuel Pires, de 34, foram homenageados por estarem por lá há 25 anos.“Gosto de levar o nome desta banda a todo o lado. Orgulho-me muito nem tenho palavras” refere José Barroso contando que na banda este ainda “o meu pai e éramos 13 familiares a pertencer entre primos, tios e irmãos”. Já Manuel Pires diz que “praticamente nasci e cresci no meio da banda porque o meu e os meus tios andavam aqui e eu vim um bocado por arrasto”. Leandro Almeida tem 10 anos, conheceu a banda através de familiares.Um ano depois, está a gostar da experiência por isso promete não ficar por aqui.“É uma maneira de me divertir e conviver com as pessoas. Os meus primos já andavam cá e diziam que era bonito” afirma. Durante as comemorações dos cem anos o presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros destacou a importância desta colectividade musical para o concelho.“Há muita razão para que o concelho esteja muito grato à banda e por isso não é surpresa a atribuição da medalha de mérito municipal, grau ouro, destacando os serviços prestados pelos cem anos de dedicação e representação da nossa terra” salienta Beraldino Pinto. O presidente da Junta de Freguesia de Lamas realça o contributo de todos os elementos que já passaram pela banda e que lutaram para que as condições fossem melhorando.“Nós hoje não imaginamos o sacrifício que foi necessário porque antes deslocavam-se a pé 30 ou 40 quilómetros para fazer arraiais” recorda Manuel Pinto. Uma banda que tem cerca de 30 anos como média de idade dos seus elementos.

Uma tradição que passa de geração em geração e que está agora representada num painel de azulejos na aldeia transmontana que a viu nascer.

Escrito por CIR