Autonomização de jovens em instituições à espera que Segurança Social defina valores

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Sex, 23/10/2009 - 09:20


O acolhimento institucional de jovens maiores de 18 anos passa cada vez mais pela criação de condições para a autonomização. No distrito de Bragança há duas instituições que já avançaram com este tipo de solução. No entanto, os equipamentos ainda não estão a funcionar porque a Segurança Social ainda não definiu os valores de comparticipação.  

A Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar, em Bragança, é uma dessas instituições.

“Estamos a criar uma nova resposta social que são os apartamentos de autonomização para ali colocar s jovens com mais de 18 anos “ adianta o Padre José Bento.

 

Apesar de estarem prontos desde Março, os apartamentos ainda não estão a funcionar. “Assim que a Segurança Social nos der luz verde os nosso educandos irão para lá” refere. “São dois apartamentos e estão completamente montados, já estão prontos para serem habitados” acrescenta. Serão oito alunos a viver de forma autónoma nestes equipamentos. “Os apartamentos estão prontos desde o mês de Março e estamos até a pagar rendas desde essas altura, por isso esperamos que a Segurança Social nos dê a autorização em breve” salienta o responsável.

 

Declarações feitas à margem do primeiro Congresso Europeu sobre o Acolhimento Institucional que está a decorrer em Bragança.

 

Mas este assunto, a directora da Segurança Social de Bragança diz que por esta ser uma resposta social muito recente, a Direcção-geral da Segurança Social está ainda a estudar o valor padrão para a comparticipação.

“Não seria justo que para o mesmo tipo de resposta social, um jovem em Bragança tivesse uma comparticipação diferente do que outro jovem noutro ponto do país” explica. “Tem de haver aqui alguma justiça e equidade ao nível da avaliação desta resposta social” realça.

 

Teresa Barreira não quer, no entanto, comprometer-se com prazos para a resolução deste impasse.

 

Na mesma situação está o Lar de S. Francisco, também em Bragança.

Mas aqui o maior problema prende-se com a demora de respostas, sobretudo por parte da justiça.

“Ao nível do tribunal, quando nós enviamos alguma informação relacionada com revisões da medida pelo facto de acriança não se estar a integrar, o tribunal demora imenso tempo a responder” refere Anita Pires, assistente social. Estas situações podem até gravar o comportamento das crianças “até que elas acabam por sair da instituição”. Outro problema com que se depara é a necessidade de transferência para outra instituição. “Pois não há vagas e isso torna-se difícil para as crianças”.

 

Com capacidade para 62 crianças, o Lar de S. Francisco acolhe actualmente 50.

Escrito por Brigantia